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Escola de S. Miguel anseia por obras

Estabelecimento que é sede de agrupamento não é alvo de trabalhos de fundo desde que abriu há 23 anos

Enquanto os trabalhos de remodelação da Escola Secundária Afonso de Albuquerque continuam a decorrer a bom ritmo, outro estabelecimento da cidade da Guarda, que é sede do maior agrupamento da região Centro, permanece em pavilhões pré-fabricados desde a sua abertura há cerca de 23 anos. Devido a esta situação, a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de São Miguel anseia por obras, até porque as actuais instalações obrigam a despesas acrescidas em termos de consumos energéticos.

O sub-director do Agrupamento de Escolas de São Miguel não esconde que a EB 2,3 de São Miguel se debate com «alguns problemas», em virtude da escola e dos pavilhões pré-fabricados «não serem novos», além dos materiais utilizados, «se calhar, não terem sido os melhores». Alberto Capelo adianta que o estabelecimento «não sofreu alterações de fundo desde que se iniciou a actividade escolar», tendo sido alvo apenas de «reparações menores e poucas» que não constituem obras «estruturais», mas antes de «manutenção», sobretudo ao nível de «janelas, portas e chão». Ainda assim, o responsável garante que mesmo no Inverno «não há condições de desconforto, nem queixas de docentes ou de alunos», uma vez que «a quantidade de aquecedores que temos nas salas supera as perdas acrescidas de calor, mas, naturalmente, com custos acrescidos», refere. «Seria melhor termos janelas duplas, até porque temos custos bastante elevados, sobretudo de gás», reforça, sem especificar valores por a actual direcção só estar em funções desde o Verão.

Uma das estruturas que «precisa de trabalhos de fundo e mais urgentes» é o Bloco 5, construído em madeira, que «está em bastante mau estado» e apresenta «alguma degradação notória», diz Alberto Capelo. Localizado numa das extremidades da escola, o bloco incorpora seis salas de aula, além de casas de banho e de um espaço para os funcionários. Deixando claro que a escola de São Miguel «não tem nenhum projecto de remodelação», o sub-director do Agrupamento garante, contudo, que algumas obras seriam «necessariamente» bem-vindas: «Temos algumas ideias e temos expressado junto de alguns elementos da autarquia a vontade de proceder à melhorias das estruturas, que se reflectiriam também na melhoria em termos pedagógicos e educativos», sublinha. Aliás, a escola até dispõe de algum espaço livre e «se nos dias mais frios houvesse um espaço fechado para os alunos poderem estar, seria óptimo», salienta. Por outro lado, o facto da EB 2,3 de São Miguel ser sede de agrupamento levaria a que a realização de obras «trouxesse benefícios às restantes escolas».

O responsável acrescenta que a actual direcção já chamou autoridades políticas e responsáveis da DREC [Direcção Regional de Educação do Centro] para «virem ver o actual estado de conservação da escola». Contudo, da parte da DREC ainda não chegou «nenhum “feedback” claro», diz, justificando que a escola ainda não foi requalificada devido a «alguns obstáculos complicados». «Há vontade do Ministério em entregar as escolas básicas aos municípios e o da Guarda já se manifestou negativamente quanto a essa possibilidade. De modo que estamos aqui num impasse», sustenta. A EB 2,3 de São Miguel tem actualmente cerca de 510 alunos e 100 docentes, enquanto o agrupamento, «o maior da região Centro», abrange mais de 1.300 estudantes. A então Escola C+S de S. Miguel foi criada por portaria dos Ministérios das Finanças e da Educação em 31 de Dezembro de 1986, tendo entrado em funcionamento no ano lectivo de 1987/1988.

Ricardo Cordeiro Bloco de madeira constituído por seis salas de aula é a maior “dor de cabeça”

Comentários dos nossos leitores
cc clara.costa1957@gmail.com
Comentário:
Claro que sim. É necessário fazer obras porque esta escola tem uma ocupação plena. Qual o edifício que após 23 anos de utilização exaustiva as não necessita. Os tempos mudaram e hoje espera-se que as escolas ofereçam outras comodidades. Contudo S. Miguel apesar de não ter obras consegue ser a melhor escola da cidade em termos de espaços verdes, jardins, campos de jogos, refeitório, instalações desportivas, … Vale a pena investir nas escolas que sabem fazer bem …
 

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