Arquivo

PSD contra segundo centro comercial na Guarda

Vereadores do PSD consideram que só o negócio imobiliário subjacente ao projecto da TCN pode justificar a construção do Guarda Shopping Center

A construção de um segundo centro comercial é «uma ameaça» para os comerciantes da cidade. O aviso é dos vereadores do PSD na autarquia, que aproveitaram a última reunião do executivo, na segunda-feira, para fazer o ponto da situação do empreendimento da TCN.

Anunciado há quatro anos, o projecto prevê a requalificação do actual mercado municipal e da central de camionagem, além do Guarda Shopping Center, num investimento total de cerca de 90 milhões de euros. «O drama é que não há novidades e devia haver, pois nem o centro comercial é construído, nem a Câmara sabe se o será, embora tenha dito que vai ser», disse Rui Quinaz. Para o social-democrata, «só o negócio imobiliário subjacente pode levar à sua concretização, pois temos a certeza que o espaço comercial não é viável», avisando que, nessa altura, será «o fim do pequeno comércio» na Guarda. «Este centro comercial não pode, nem deve ir para a frente, pelo que a autarquia [que é sócia da TCN no empreendimento] deve suspender o processo», recomendou o vereador, ao constatar que há lojas a fechar no Vivaci – a funcionar há pouco mais de um ano. Na resposta, o vice-presidente do município admitiu desconhecer quais as intenções da TCN passado este tempo, mas sublinhou que só esta parceria público-privada permitirá requalificar aqueles dois equipamentos públicos sem custos para a Câmara.

«A história é a mesma dos hipermercados. O tempo provou que a Guarda tem mercado para vários estabelecimentos do género», disse Virgílio Bento, que presidiu à reunião por Joaquim Valente ainda não ter regressado dos Estados Unidos. O vereador Vítor Santos também deu uma achega ao assunto: «Os comerciantes da Guarda estiveram anos a fio sozinhos, em situação de monopólio, mas muito poucos quiseram modernizar-se. Agora querem que seja a Câmara a resolver os seus problemas», declarou, considerando que alguns deles têm «preços exorbitantes, como se tivessem ali um poço de petróleo». Unanimidade mereceu o plano de actividades da Quinta da Maúnça para o corrente ano. Os maiores elogios vieram do PSD, com Ana Fonseca a considerar o espaço educativo florestal da autarquia «um óptimo exemplo daquilo que pode ser um espaço vivo». A vereadora só recomendou que se intensifique a divulgação junto do público adulto, mas foi mais crítica em relação às actividades da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, sugerindo que se faça uma avaliação das iniciativas ali promovidas. «Os formadores são sempre os mesmos e recebem cachets elevadíssimos. Deveria haver mais diversificação nas pessoas contratadas para as acções da biblioteca e maior divulgação das actividades», pediu Ana Fonseca.

Luis Martins Shopping na Quinta dos Pelâmes será «o fim do pequeno comércio», avisa Rui Quinaz

PSD contra segundo centro comercial na
        Guarda

Sobre o autor

Leave a Reply