Uma contrabandista, uma produtora de queijo, várias professoras, uma enfermeira, uma médica, uma bombeira, uma atleta de alta competição, uma presidente de Junta, uma sindicalista, três religiosas e as mães da Aldeia SOS foram distinguidas pelo Governo Civil na segunda-feira, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
A cerimónia, que decorreu à noite, foi uma homenagem à «mulher da Guarda» nas suas diversas facetas e contributos que lotou por completo o salão nobre do Governo Civil. «Muitas outras mulheres poderiam estar aqui, desde logo as nossas mães, mas estas são exemplos que têm que contar na nossa sociedade», afirmou Santinho Pacheco. O Governador aproveitou a ocasião para anunciar que vai instituir a medalha de mérito distrital, por considerar que «é tempo de valorizarmos os nossos exemplos». Para a sindicalista têxtil Maria do Céu Ferreira, uma das homenageadas, «é feminina a pobreza e precariedade, mas também é feminina a esperança», disse, enquanto Matilde Cardoso, enfermeira-directora da Unidade Local de Saúde da Guarda, agradeceu e dedicou a distinção aos homens: «Sem eles não teríamos este protagonismo», ironizou. Por sua vez, a secretário de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, garantiu que «se não houver quotas, os homens nunca vão ter disponibilidade para ceder os seus lugares às mulheres», mas reconheceu que a legislação portuguesa sobre a igualdade do género é «das mais avançadas da Europa».
O Governo Civil da Guarda assinalou a efeméride durante a semana com um conjunto de actividades sob o lema “A Mulher na Sociedade”. As últimas iniciativas decorrem amanhã, com um colóquio sobre “A evolução histórica dos Direitos da Mulher numa perspectiva político-social”, por Antonieta Garcia. A sessão está agendada para as 10h30 no auditório do Politécnico da Guarda, com a presença da secretária de Estado para a Igualdade, Elza Pais. À tarde acontece o “1º Encontro de Mulheres Autarcas do Distrito da Guarda”, no salão nobre do Governo Civil.
