De Dezembro de 2009 para Janeiro de 2010, o Centro de Emprego e Formação Profissional da Guarda registou um incremento de 513 inscritos à procura de novo emprego. Ainda assim, o concelho da região que continua a deter o maior número de desempregados é o da Covilhã, com perto de 3.800 inscritos, onde também se registou um aumento significativo no primeiro mês deste ano.
De acordo com dados disponíveis no portal do Instituto do Emprego e Formação Profissional, só no concelho da Guarda, o número de desempregados passou de 1.672 para 2.066, o que representa uma subida de 394 pessoas, números que não se podem dissociar dos 315 trabalhadores despedidos da Delphi da Guarda no fim do ano. Do total de desempregados inscritos em Janeiro, a maior parte é do sexo feminino (1.167 contra 899), está inscrita há menos de um ano (1.402 contra 664) e 1.850 procura novo emprego, enquanto que 216 buscam o seu primeiro emprego. Quanto ao grupo etário mais representado, predomina o sector dos 35-54 anos com 952 representantes, seguido dos escalões 25-34 anos (501), 55 ou mais (339) e menos de 25 anos (274). Em relação aos níveis de escolaridade, o terceiro ciclo, com 611 elementos, é o mais marcado à frente do primeiro ciclo (446) e do secundário (391), enquanto que o ensino superior se fica pelos 276. Comparando com os meses de Janeiro de 2009 e de 2008, o número total era, respectivamente, de 1.881 e de 1.722. Nos restantes concelhos abrangidos pelo Centro de Emprego da Guarda, que passou de 2.853 inscritos em Dezembro de 2009 para 3.366 no mês passado, verificaram-se igualmente subidas, mas nada comparáveis com as da capital de distrito. Assim, o maior aumento teve lugar em Celorico da Beira, que passou de 235 para 273, seguido de Sabugal (279 para 309), Fornos de Algodres (224 para 246), Manteigas (215 para 233) e Aguiar da Beira (228 para 239).
Já no Centro de Emprego da Covilhã, o cenário é ainda mais negro, uma vez que o número de inscritos à procura de emprego passou de 5.333 (em Dezembro) para 6.044 (em Janeiro), o que se traduz num aumento de 711. O concelho covilhanense foi o mais afectado, passando de 3.331 para 3.778 (mais 447). Numa análise pormenorizada dos dados relativos ao primeiro mês deste ano, constata-se que, à semelhança do que ocorre na Guarda, as mulheres estão em maioria na lista de desempregados (2.050 contra 1.728). Os inscritos há menos de um ano são 2.300 contra 1.478, havendo 3.365 à procura de novo emprego. No que toca ao grupo etário mais representado, a faixa dos 35-54 anos é claramente a mais destacada com 1.679 pessoas. O primeiro ciclo do ensino básico é o nível de escolaridade mais representado, com 1.216 indivíduos, seguido do terceiro, com 760. Dos outros três concelhos que integram este Centro de Emprego, o do Fundão aumentou de 1.495 para 1.682 inscritos, o de Belmonte de 353 para 413 e o de Penamacor de 154 para 171.
A tendência de aumento dos inscritos mantém-se ainda nos outros dois Centros de Emprego do distrito da Guarda. No de Seia, os inscritos passaram de 2.451 para 2.633, sendo precisamente o concelho senense aquele que mais desempregados teve, subindo de 1.649 para 1.762. Já em Gouveia, o número de pessoas à procura de emprego passou de 802 para 871.
Quanto ao Centro de Pinhel tinha 1.249 inscritos em Janeiro, mais 212 que em Dezembro, sendo a maior parte do concelho onde a estrutura está sedeada, com 444 inscritos, mais 82 que no final do ano. Segue-se Trancoso com 246 desempregados, mais 30, e Figueira de Castelo Rodrigo com 224, mais 32 que em Dezembro. No caso de Almeida e da Mêda, os aumentos foram de, respectivamente, 166 para 205 e de 101 para 130 inscritos. Por último, o concelho de Vila Nova de Foz Côa, que está integrado no Centro de Emprego de Torre de Moncorvo, tinha 307 desempregados em Janeiro, mais 25 inscritos que em Dezembro.
Ricardo Cordeiro