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Bispo da Guarda reclama «verdadeira cultura de justiça»

D. Manuel Felício considera que situação situação actual só mudará com uma «conjugação de esforços para a autêntica educação cívica e de valores»

O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, pediu que haja «a coragem de promover entre os cidadãos uma verdadeira cultura de justiça», defendendo que a mesma supõe «conjugação de esforços para a autêntica educação cívica e de valores».

O desafio foi lançado na passada quinta-feira, à margem da apresentação da mensagem quaresmal. O prelado garantiu que sem essa referida cultura «será difícil garantir eficácia à nossa justiça, sujeita como está a toda a espécie de pressões e cada vez mais embrulhada em jogos de interesses». Na mensagem quaresmal, centrada no tema da justiça, D. Manuel afirmou que «não podemos deixar de reconhecer as dificuldades que a justiça das leis e dos tribunais, entre nós, está a sentir para garantir a legalidade e defender os legítimos direitos de todos». E acrescentou que «a verdadeira justiça, completada pela caridade, leva-nos, de acordo com o espírito da Quaresma, a percorrer os caminhos da solidariedade e de partilha fraterna, mesmo que isso signifique renúncia a bens materiais, supérfluos ou mesmo não supérfluos».

D. Manuel Felício anunciou ainda que o resultado da renúncia quaresmal se destina à «ajuda material solidária» a um projecto chamado “Fazenda da Esperança” que está a ser desenvolvido na Diocese, na paróquia de Maçal do Chão, arciprestado de Celorico da Beira. «Está em causa ajudar os mais pobres dos pobres também neste ano europeu de luta contra a pobreza e exclusão social», declarou.

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