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Parque temático dedicado à Lusitânia nasce em Caria

Casal de investidores de Cascais prevê abrir ao público o primeiro pólo do empreendimento no Verão

Um casal de empresários trocou Cascais por Caria (Belmonte) em Abril do ano passado e, desde então, explora uma casa de alojamento em turismo rural e prepara-se para arrancar com a construção de um parque temático sobre a Lusitânia nas proximidades da vila. Rui e Vera Chumbinho, sócios da firma Cascais Mágico, prevêem abrir ao público no próximo Verão o primeiro pólo deste empreendimento, a que deram o nome de Lusitani Park.

A ideia «está num parque onde se alia o histórico ao mítico e ao fantástico», que fará de Viriato uma das figuras centrais e mostrará a história de Portugal desde os primórdios ao século XIX, muito similar ao espanhol “Poblado Cantabro”, explica Rui Chumbinho. A primeira fase do empreendimento consiste, segundo adianta, num castro lusitano, onde será recriado o dia-a-dia dos seus habitantes. Trata-se de um projecto que foi inicialmente pensado para Cascais e que foi premiado pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI) em 2007, não tendo chegado a ser executado «devido a diversas dificuldades», diz o empresário. O investimento previsto era, na altura, de dois milhões de euros. O interesse pelo concelho de Belmonte surgiu no início do ano passado, quando o casal visitou a região para fazer uma reportagem para a “Maravilhas”, a revista da Cascais Mágico, dedicada ao turismo e à cultura.

Depois Vera Chumbinho escreveu um livro sobre lendas e mitos da Cova da Beira e surgiu a oportunidade de explorar a casa de alojamento “Passado de Pedra”. «Entretanto concluímos que fazia sentido construir o Lusitani Park em Caria», adianta a empresária, licenciada em História. Ao recordar que «os lusitanos começaram por aqui», Vera Chumbinho diz que «estão reunidas todas as condições necessárias» para o sucesso do parque, ao falar na natureza, nos castelos e Aldeias Históricas da região, nos núcleos museológicos de Belmonte, bem como na Serra da Estrela e ainda na proximidade com Espanha. De acordo com os promotores, já há um terreno de três hectares destinado ao Lusitani Park. A Cascais Mágico está actualmente à procura de possíveis parcerias na região, querendo reunir «o máximo de apoios possível», adianta Rui Chumbinho, que garante que o primeiro pólo, orçado em 100 mil euros, «vai arrancar nem que seja apenas com capital próprio».

«Se depois aparecerem apoios, o parque pode então crescer», acrescenta, prevendo, sem falar em valores, que o investimento global deverá ser menor do que o previsto para Cascais «porque a mão-de-obra e os materiais tornam-se mais baratos no interior». Além disso, o casal desistiu de alguns aspectos do projecto inicial, como carrosséis, por querer agora «uma construção muito natural». Paralelamente, a Cascais Mágico está a construir um centro hípico, onde o cavalo lusitano estará em destaque, perto do futuro Lusitani Park. Com uma área de mais de dois mil metros quadrados, o projecto, que poderá ficar pronto em Abril, complementará o parque temático com representações de arte equestre e uma escola de equitação, sem esquecer aspectos da história do cavalo lusitano, «que também começou por aqui», garante o investidor. Rui Chumbinho diz aguardar apenas que as condições climatéricas melhorem para que possa continuar as obras. Em curso está também a mudança da sede da Cascais Mágico para Caria.

Rui e Vera Chumbinho mudaram-se para Caria em Abril do ano passado

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        em Caria

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