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Julgamento do homicida da esposa continua a 14 de Janeiro

Apenas uma testemunha foi ouvida na segunda sessão realizada na semana passada

O julgamento de Marcelo Fernandes, que, no ano passado, assassinou a mulher com uma arma branca, prossegue a 14 de Janeiro no Tribunal da Guarda.

Na última sessão foi ouvida apenas uma testemunha, Luís Martins, antigo colega de trabalho do arguido nas Piscinas Municipais da cidade, que terá sido a primeira pessoa a entrar na casa do casal na noite do crime, uma vez que Luís Poço, a quem Marcelo terá telefonado em primeiro lugar, «terá entrado em pânico e não conseguiu entrar». A testemunha, ouvida durante mais de uma hora, afirmou que nessa noite o arguido lhe disse que «tinha cometido uma loucura», desconhecendo o motivo pelo qual ficou ferido nas mãos. Considerou ainda que o seu antigo colega de trabalho era uma pessoa reservada, que não se alongava em comentários sobre a vida pessoal e que, «há uns anos», a vítima se queixou de ter uma nódoa negra no pescoço depois de um desentendimento com o marido que lhe tinha batido «com as mãos». Recorde-se que o arguido está a ser julgado por um tribunal de júri, constituído por quatro cidadãs mais o colectivo de juízes, sendo a maioria do total de sete jurados a proferir a sentença. Marcelo Fernandes, cidadão brasileiro, mas filho de portugueses naturais de Chaves, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, cuja moldura penal é de 12 a 25 anos, e de violência doméstica. A defesa sustenta que o que se passou deve ser considerado homicídio privilegiado, à luz do artigo 133.º do Código Penal, punido com pena de prisão de um a cinco anos. O caso remonta a Novembro de 2008 quando Sandra Fernandes, de 31 anos, foi esfaqueada até à morte pelo marido durante uma discussão.

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