P – Como surgiu a ideia de organizarem o “Sabor solidário” no dia 16?
R – A ideia é minha e da minha esposa. Trabalhamos há dois anos por conta própria e já tínhamos pretendido implementá-la na empresa onde trabalhávamos, que era da mesma área, nos meses de Dezembro, Novembro ou Outubro, mas nunca nos foi possível. Entretanto, apareceu esta oportunidade de trabalharmos por conta própria, conversámos e achámos por bem ter já este jantar que, esperamos nós, seja o primeiro de muitos eventos deste tipo.
P – Em que consiste esta iniciativa?
R – Vai ser promovido um jantar e há duas instituições da Covilhã que foram convidadas para fazer a animação. Com um quarteto de cordas, o Conservatório Regional de Música irá fazer a abertura com a recepção aos convidados. A fechar o jantar haverá um concerto de sopro da EPABI.
P – Têm alguma expectativa em termos da verba que gostariam de angariar?
R – O preço por pessoa é de 16,50 euros e estamos à espera de ter entre 150 a 180 convidados. Todo o valor angariado vai ser doado à Casa do Menino Jesus, a instituição que escolhemos este ano.
P – Porquê essa a instituição?
R – Primeiro, porque é uma instituição que já está na Covilhã há muitos anos. Por outro lado, tenho dois filhos pequenos e toda a roupa e brinquedos que eles já não utilizavam nós entregamos à Casa do Menino Jesus todos os anos. Nesse sentido, foi essa a escolhida por termos maior ligação com ela. Nos próximos anos serão outras.
P – Considera que as empresas privadas devem apoiar mais actividades deste género?
R – Sem dúvida que sim. Queremos voltar a fazer todos os anos um jantar destes porque, se estamos todo o ano a receber, acho que, nem que seja uma vez por ano, temos de dar alguma coisa. Temos que contribuir entre todos e juntar as pessoas para que sejamos mais solidários. É importante frisar que os fornecedores também estão envolvidos. Claro que nós também temos custos. Nesse dia vamos trabalhar só para esse evento, vamos fechar portas ao público. Tudo o que será servido no jantar será doado pelos fornecedores, enquanto o restaurante oferece os custos fixos do espaço e a mão-de-obra.
P – É um jantar de solidariedade para repetir nos próximos anos?
R – Sim. Enquanto nós, empresa, conseguirmos, vai ser para durar. É o que queremos e ambicionamos.
P – Qual é a próxima instituição a apoiar?
R – Será o Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira. Há uma pequena diferença porque, enquanto a Casa do Menino Jesus irá ficar com o valor angariado, o Banco Alimentar terá um crédito aberto numa superfície comercial ou num retalhista onde se irá abastecer.