«As ilustrações estão muito apelativas e espectaculares, assim como a própria escrita do livro». Com as certezas próprias dos seus 12 anos, Inês Gomes não tem dúvidas em aconselhar a colecção de publicações “Oh mãe…” a outras crianças. O primeiro livro escrito por Carla Freire e ilustrado por Cláudia Quelhas, intitulado “Oh mãe… Conta lá a história de quando eu era uma estrelinha no céu”, foi apresentado no passado sábado na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda.
Perante uma plateia bem recheada, onde se encontravam vários petizes, Carla Freire recordou que a ideia de editar um conjunto de histórias dedicadas ao público infantil, surgiu de um conjunto de histórias que criou com base na sua filha Joana, de 6 anos. De resto, frisou que este é um projecto «que foi feito com muito carinho e de uma forma muito despretensiosa», até porque «no início pretendia ser apenas uma história para as minhas filhas». As autoras realçam que o objectivo que esteve na origem da colecção, que segundo a advogada a vai ligar à sua amiga e cunhada «para a vida toda», foi o de fazer com que «as crianças gostassem do que estivessem a ler». E parece que os visados apreciam mesmo a forma como os livros e as histórias foram concebidas. A escritora recordou ao público a primeira vez que deu as suas histórias a ler, no caso à sua sobrinha “emprestada” Ana Teresa e a avaliação não podia ter sido mais positiva: «Está tão lindo. Foste mesmo tu que escreveste?», relatou Carla Freire que tomou aquelas palavras como um «elogio». Também a Inês, que procedeu à leitura da publicação, assegurou que a história «está muito bem adequada para as crianças e a forma como explica o nascimento das mesmas». Considerou ainda que esta é «uma maneira muito boa e imaginativa de explicar às crianças como nasceram», reforçando que o livro «pode ser pequeno mas tem lá tudo o que é essencial».
Já a arquitecta Cláudia Quelhas acedeu ao repto para ilustrar a obra, explicando que começou a fazer as ilustrações numas férias, assegurando que foi uma «história muito engraçada», uma vez que se trata de uma área que tem um «aspecto criativo», assemelhando-se «um pouco com a arquitectura». Outra curiosidade que contou foi a de ter «“criado”» a Joana quando ela, na realidade, já tinha cinco anos, daí considerar que foi «um processo ao contrário». Também presente, em representação da editora Artez, esteve Diogo Cabrita que elogiou o trabalho das duas «autoras de uma ideia que pode ser muito interessante e que começa hoje. Não é uma festa que começa hoje. Prolonga-se numa próxima edição, num conjunto de ideias que surgem a partir do mesmo componente». A colecção prevê a publicação de seis livros e já se sabe que o segundo vai ter como título “Oh mãe… O Afonso giringonço chamou-me Joana banana».
Ricardo Cordeiro