A Torre de Menagem da Guarda vai ser inaugurada amanhã, no mesmo dia em que será inaugurado o Centro de Recepção aos visitantes, num investimento que rondou os 650 mil euros. Toda a zona envolvente foi intervencionada, num projecto de requalificação paisagística e arquitectónica co-financiado pela União Europeia através do Programa Operacional da Cultura.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara da Guarda foi o anfitrião de uma visita guiada aos jornalistas, onde aproveitou para apresentar as principais valências dos respectivos equipamentos. Quanto ao Centro de Recepção, Joaquim Valente referiu que se trata de «um espaço acolhedor, onde quem nos visita vai ter o primeiro contacto com aquilo que é uma parte da realidade patrimonial da nossa cidade e do nosso concelho». Trata-se de um espaço onde estará patente uma exposição sobre os núcleos arqueológicos intervencionados, dividida em três vitrinas, numa sequência cronológica: a primeira com vestígios provenientes do Castro do Tintinolho (primeiro milénio a.C.), a segunda com objectos originários do sítio romano da Póvoa do Mileu (séc. I/II d.C.), e uma terceira do Castro do Jarmelo (séc. XVII/XVIII). Estes pontos têm a particularidade de serem interactivas, com o seu funcionamento a ser baseado numa película transparente accionada ao toque, para que a informação acerca de cada objecto surja em ecrãs colocados ao lado de cada uma. O espaço será complementado com um pequeno auditório para projecção contínua de suportes audiovisuais elaborados no decorrer dos trabalhos.
Relativamente à Torre de Menagem, Joaquim Valente defendeu tratar-se «do ponto de partida para uma visita à Guarda, nomeadamente, ao centro histórico», e que se «destina aos guardenses, turistas e tem uma componente didáctico-pedagógica, para que as crianças possam visitar e acompanhar a evolução da cidade». O edifício terá, no primeiro piso, um mini-auditório, no qual o visitante poderá visionar um filme em 3D que retrata a evolução urbana da cidade e do castelo. No segundo andar, contém uma tela onde é projectado o foral da Guarda, e um livro em banda desenhada com a história da cidade, que pode ser folheado de forma interactiva. «Esta intervenção complementa toda a estratégia que tem sido desenvolvida para a cultura e para o turismo, no seguimento da construção do Teatro Municipal, do Centro de Estudos Ibéricos e da Biblioteca Eduardo Lourenço», disse o autarca. «Com este espaço criamos uma rede mais sólida e mais coesa de um circuito de âmbito cultural», concluiu. O desenvolvimento do «turismo gastronómico» é outro dos objectivos deste novo espaço, já que «vai convidar as pessoas a deambularem pela cidade, mas sem esquecerem o património que está nas diversas freguesias», sublinhou Joaquim Valente.
Rafael Mangana 
