Apesar da ligação à fronteira da linha de alta velocidade Aveiro-Salamanca ser dada como certa em Portugal, o Plan Estratégico de Infraestrutucturas y Transporte (PEIT) do Governo espanhol ignora-o, pelo menos até 2020, noticiou o jornal “Público” na última terça-feira.
De acordo com este diário, o que os espanhóis prevêem é apenas uma linha mista (para passageiros e mercadorias) entre Medina del Campo e Salamanca, sem contudo precisar qualquer data para a sua construção. Depois de ter sido revelado que afinal o TGV não vai passar pela cidade da Guarda, ao contrário do que garantiu Francisco Assis na campanha para as eleições legislativas, surge agora a notícia de que do lado de Espanha não há uma aposta numa ligação fronteiriça pelo concelho de Almeida.
Recorde-se que o deputado socialista na Assembleia da República, eleito pelo círculo da Guarda, declarou em meados de Setembro, a O INTERIOR, que a linha ferroviária de alta velocidade entre Aveiro e Salamaca era «uma prioridade nacional» e que iria prever o transporte de passageiros e mercadorias. Na altura, chegou mesmo a afirmar que haveria uma estação na Guarda, defendendo que deveria situar-se «o mais próximo possível da cidade para servir a plataforma logística». Afinal, aponta-se para a existência de uma estação no distrito, mas fala-se na sua localização noutros concelhos, nomeadamente Pinhel ou em Vila Franca das Naves.
O corredor de alta velocidade Aveiro-Salamanca foi uma das linhas que emergiu na cimeira da Figueira da Foz anunciadas por Aznar e Durão Barroso. Actualmente, segundo já anunciou a RAVE – Rede Ferroviária de Alta Velocidade, empresa responsável pelo projecto, há 11 consórcios interessados na realização dos estudos prévio e de impacto ambiental do troço Aveiro-Celorico da Beira.