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À Câmara Municipal da Guarda

Na qualidade de munícipe desta Cidade, sinto-me na obrigação de trazer a público uma reclamação pessoal que, certamente será comum a muitos concidadãos e que se prende com o estado em que fica a via pública com as obras realizadas. (…)

Considero que, apesar das obras públicas serem da máxima importância, estas devem seguir regras de cidadania e respeito pelas populações integrantes, de modo a minimizar os prejuízos destas mantendo a necessária celeridade a que elas se impõem. Se eu estiver a efectuar obras numa propriedade minha preciso de uma licença. Caso necessite de usar parte da via pública para meu auxilio, necessito de uma licença apropriada ao efeito. Se danificar a via pública ou a deixar em estado que impeça a boa circulação, resultante da obra em causa, serei responsabilizado e sofrerei as devidas consequências. Penso que se trata de algo que é do senso comum e do respeito entre pessoas e para com a comunidade. Devido à exaustiva circulação de camiões, resultantes das obras do novo Hospital da Guarda, a rua que dá acesso entre as Lameirinhas e a rotunda do heliporto e as circundantes estão completamente cobertas de terra, que passou a lama com a chegada das chuvas. Porque não cumprem as obras públicas os requisitos que seriam exigidos a qualquer obra privada?

Este problema só se verifica porque os camiões não são lavados à saída do recinto das obras. Bastava terem uma pessoa e alguns segundos, para que se evitasse o transtorno e perigo causado a quem circula nessa via. O piso torna-se escorregadio se chove e a visibilidade reduzida se o tempo está seco, pelo pó que se eleva à passagem das viaturas. Acresce o transtorno da sujidade que passa para as veículos, quer seja terra seca, quer seja lama. Naturalmente que ninguém quer ter um acidente ou gosta de sujar involuntariamente o seu carro, à parte de quem pratica todo-o-terreno e se sente orgulhoso pelo estado em que fica o jipe após um raide. Mas penso que não é esse o espírito da maioria os utilizadores dessa via. Daí ser justificada uma rápida actuação que solucione este problema. Os custos envolvidos com a limpeza dos camiões à saída do recinto da obra não serão prejudiciais ao orçamento da mesma. Já a limpeza da via e o transtorno causado à população serão muito mais onerosos. Gosto de imaginar a Guarda como uma Cidade que sabe respeitar a sua população, ao nível de qualquer município pertencente a uma Europa evoluída. (…)

Miguel Frias, cidadão da Guarda

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