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António Ruas reclama «igualdade» para todos os pinhelenses

Na tomada de posse do novo executivo, autarca criticou «tratamento» da tutela na transferência de Rui Teixeira para Trancoso

Na cerimónia da tomada de posse do novo executivo da Câmara de Pinhel, António Ruas, o autarca reeleito, não deixou passar em claro o facto do seu opositor nas eleições de 11 de Outubro ter conseguido transferência para o Centro de Saúde de Trancoso.

No seu discurso, António Ruas frisou «respeitar posições particulares e individuais de todos os nossos adversários», mas sustentou que «o tratamento que esse nosso concidadão obteve por parte da tutela deverá ser o mesmo que devem ter todos os outros cidadãos em igualdade de circunstâncias». Depois de interrompido por fortes aplausos, prosseguiu a sua crítica: «Tem o direito que lhe assiste de se deslocar para onde quer e bem lhe apetece. No entanto, os procedimentos é que me parece que não são os mais correctos e os pinhelenses não merecem por parte de quem tutela os serviços que sejamos discriminados», reforçou. Como Rui Teixeira abdicou do seu lugar de vereador, pelo PS, foram empossados António Agostinho Monteiro e Esperança Valongo. Já pela maioria tomaram posse António Ruas, Alexandre Raposo, Irene Fonseca, Rui Ventura e Paulo Dias.

O edil garantiu que o novo mandato se irá pautar pelo «mesmo empenho» e a «mesma vontade de trabalhar em prol do desenvolvimento do concelho e do bem-estar de todos os pinhelenses, sem excepção», uma vez que, para si, «as divergências terminaram no momento em que foram apurados os resultados do acto eleitoral». Do mesmo modo, defende que «é dever de todos, e sobretudo daqueles que foram eleitos para órgãos autárquicos pelas diferentes forças políticas, trabalhar de forma empenhada e construtiva na apresentação de ideias e projectos que visem o desenvolvimento sustentável do concelho». Entre as prioridades para mais quatro anos, apontou a «revitalização» do centro histórico de Pinhel, a «requalificação da Praça Sacadura Cabral e sua envolvente», bem como a «conclusão da Casa da Cultura». Por outro lado, «vamos continuar a investir nas nossas freguesias, dotando-as das infra-estruturas básicas, mas também de equipamentos que contribuam para o bem-estar das populações». Uma «preocupação transversal a todos os investimentos que pretendemos realizar» é a de «promover medidas que contribuam para atrair novas indústrias para a nossa Zona Industrial», bem como «apoiar a criação de micro-empresas baseadas no aproveitamento dos recursos concelhios», de modo a contrariar o desemprego.

Deixou também uma garantia aos presentes: «Não deixaremos nunca de reivindicar mais e melhor para Pinhel junto da Administração Central. Estarei na primeira linha para defender o concelho e não as cores partidárias», assumiu. António Ruas salientou que há projectos «fundamentais» e para o qual é necessário o «apoio do Estado, mas também da União Europeia». Neste sentido, as candidaturas ao QREN e ao PROVERE «estão em curso» e «não baixaremos os braços enquanto não virmos aprovados os apoios para os projectos que consideramos estruturantes para o concelho».

O PSD foi o único partido a apresentar lista para a Assembleia Municipal, onde Sales Gomes, que não marcou presença na cerimónia por ter pedido renunciado ao cargo, foi substituído na presidência do órgão por Luís Videira Poço.

Ricardo Cordeiro Luís Videira Poço, à esquerda, é o novo presidente da Assembleia Municipal de Pinhel

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