O Governo prepara-se para dar luz verde à central de biomassa da Covilhã. O anúncio foi feito no sábado por Carlos Pinto, na tomada de posse como presidente da Câmara.
«É um desbloqueamento que permitirá um investimento de 30 milhões de euros e cerca de 100 novos empregos a localizar na terceira fase do Parque Industrial do Tortosendo», frisou o autarca. O começo dos trabalhos está agendado para o próximo ano, sendo que este é um processo que se arrastava há dois. Na cerimónia, Carlos Pinto aproveitou para lançar duras críticas à oposição, que acusou de ter optado por «julgamentos de carácter e ataque pessoal» durante a campanha, e que, «à luz dos resultados» se apresenta como «expressão nua e crua de mesquinhez irrelevante, que não conseguiu perturbar a decisão livre dos cidadãos». O edil também não poupou o Governo de José Sócrates, acusando-o de não se ter dedicado aos poderes locais. «Tudo abordado como se a crise social fosse desligável de um país mal organizado territorialmente, com injusta distribuição de recursos», disse. Carlos Pinto destacou também a necessidade dos portugueses se deslocarem «para a faixa atlântica onde se querem fazer os grandes investimentos públicos, ou emigrar para a Europa, para cidades e regiões com desenvolvimento harmoniosamente construído». O auxílio aos mais carenciados, a criação de emprego e a modernização urbana em todo o espaço do concelho foram as três prioridades apontadas. Para além de Carlos Pinto, tomaram posse Luis Fiadeiro, João Esgalhado, Paulo Rosa, Luís Gil Barreiros e Pedro Silva, pelo PSD, e Vítor Pereira, João Correia e Graça Sardinha, pelo PS.
