O Festival Y chega ao fim por estes dias com mais dois espectáculos na Covilhã e no Fundão. Esta noite, o auditório do Teatro das Beiras acolhe a performance intitulada “O decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim a arte de pensar a cabeça dos outros (disse Brecht)”, pelo projecto Mala Voadora.
Esta criação situa-se entre o espectáculo como puro entretenimento e o “espectáculo” como recurso de persuasão, tal como é entendido no âmbito da performance política. «É sobre os artificialismos da construção e da manipulação das identidades políticas. E é também sobre os artificialismos que permitem espectacularizar um qualquer conteúdo (missão do teatro)”, adianta a produção. No sábado à noite, a Moagem, no Fundão, é a última paragem desta edição do Festival de Artes Performativas na região. A despedida está a cargo de Adriana Sá com “Windowmatter”, uma performance de música transdisciplinar com “audiographics”, um “software” desenvolvido com J. Klima que articula análise e processamento sonoro com tecnologia 3D. Em simultâneo, o Y apresenta um espectáculo de novo circo no Teatro Virgínia, de Torres Novas, por João Paulo dos Santos. A sétima edição deste festival foi organizada Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã.