Várias dezenas de pessoas homenagearam no último sábado o Cónego Joaquim Geada Pinto, presidente do Outeiro de S. Miguel há mais de 50 anos. A iniciativa foi promovida pelo Rotary Club da Guarda numa unidade hoteleira da cidade.
Em declarações aos jornalistas, o homenageado dividiu o mérito do reconhecimento: «A homenagem não é a mim. Sou apenas um pau de cabeleira que vem hoje aqui a propósito da obra em que estou investido desde jovem. A obra do Outeiro de São Miguel é que está em causa e deve-se a quem esteve detrás de mim. Caiu-me no colo e procurei seguir na linha dos meus antecessores», realçou. Geada Pinto explica que «aquela obra foi idealizada como obra de solidariedade social, resposta a necessidades daquele tempo e ajuda às classes pobres e jovens que não tinham perspectivas de emprego e que procuravam nas diferentes oficinas, diferentes artes para a sua vida». De início, «era uma escola de elite, só de alunos internos e ricos, de todo o país, mas depois começou a abrir-se à comunidade e a todo o tipo de alunos. O ser procurada é um indicador de que se faz confiança nos nossos colaboradores, que são os nossos heróis», sublinhou. Já Manuel Rodrigues, presidente do Rotary Club da Guarda, explicou que a instituição «todos os anos leva a efeito uma homenagem a um profissional que se tenha destacado pelas suas qualidades pessoais e profissionais, e fundamentalmente pela obra que tenha levado a efeito». De resto, «já no ano passado se entendeu por bem que o cónego era merecedor desta homenagem, não só pelas suas qualidades pessoais e profissionais, mas também pela obra que representa, enquanto director, em mais de meio século, de uma escola de prestígio, por onde passaram já gerações de profissionais».