Desde o primeiro momento, que um valente candidato a imperador, fez questão de se envolver pessoalmente na campanha para a junta de S.Miguel, tendo como objectivo a hegemonia do romano PS na cidade da Guarda. Tendo referido, mais do que uma vez e de forma despudorada que S. Miguel tinha mais a ganhar com uma junta PS, este candidato a imperador acicatou os ânimos dos galo-micaelenses. O que quereria ele dizer com “tem mais a ganhar”? Provavelmente que, com uma junta PS em S. Miguel da Guarda, o dinheiro devido iria, milagrosamente, aparecer e com ele o seu soldado-paraquedista poderia brilhar. Lamentável! Lamentáveis foram, também, as palavras de um bento centurião, ao referir-se à candidatura de João Prata como “fictícia”. E, “last but not least” a lastimável campanha liderada por este soldado, que distribuiu inverdades e maledicência sobre a candidatura do PSD a S. Miguel, tendo como única arma de campanha, não um programa adequado, nem brilhante, mas o cenário, segundo este, duma ida de João Prata para o Parlamento e consequente desgoverno de S. Miguel. Foi a velha teoria do “eu ou o caos”. Prometeu mundos e fundos à freguesia, e o exercício de “uma magistratura de influência”, vulgo, “cunha”, sobre a CMG. Mas a população de S. Miguel sabe bem quem é João Prata e soube castigar a maledicência no dia 11 de Outubro. Pelo caminho ficaram fotocópias de uma falsa notícia, visando a candidatura do PSD, distribuídas já em desespero e à última hora (para que esta não pudesse ser rebatida) e uma escaramuça na Sequeira entre a caravana de encerramento da campanha do PSD e um grupo de indivíduos afectos à lista do PS por S. Miguel. Esta terá sido despoletada e liderada por um indivíduo im(placa)vel ligado à CMG e observada ao longe pelo soldado-paraquedista que, aparentemente, nada fez para evitar o incidente.
Desde o início da campanha que a postura de João Prata se manteve num patamar muitos furos acima do outro candidato, fazendo a sua apresentação e a da respectiva equipa, porta a porta, desmentindo, sempre que podia, a ideia, martelada, nas mentes de muitos gauleses pela candidatura romana, de que Prata se iria embora e que entregaria o governo da freguesia a outrem.
Resta ao povoamento gaulês de S. Miguel agradecer a um valente imperador a pavimentação apressada de algumas ruas da freguesia (pena é que tenha ignorado a Rua do Repouso, indigna até para padrões terceiro-mundistas) e os cheques, devidos, para apoio a algumas associações da freguesia. É a face mais populista da política, mas que deu algum jeito a esta freguesia. Houvesse eleições todos os anos e andaria tudo num brinquinho. Uma nota final para alguns “placards”, colocados sem pudor, pela CMG em vários pontos da freguesia, anunciando obras que NUNCA teve intenção de concretizar a curto prazo, mas que apenas pretenderam granjear votos. Parece que esse objectivo foi cumprido, mas apenas parcialmente, porque cá em baixo, na guardense Gália, as pessoas não foram em cantigas e com o seu voto atravessaram mais um espinho na garganta de um império que, teimosamente, se mantém ao leme de um barco cada vez mais pobre e parado. Que povo masoquista, o romano-guardense, hem?!
Por: José Carlos Lopes