A Autoridade Florestal Nacional (AFN) deve cerca de três milhões de euros às instituições que gerem equipas de sapadores florestais. Depois de algumas manifestações canceladas devido a promessas de pagamento – o que não chegou a acontecer –, está agendada para 2 de Novembro uma concentração destes profissionais. Entretanto, o Governo promete saldar a dívida ainda este mês.
Segundo noticiou o jornal “Público” na semana passada, o Fórum Florestal alega que as equipas de sapadores estiveram ao serviço da Protecção Civil desde 1 de Julho e que devido à falta de pagamento estão impedidas de prestar serviços para a associação, agravando a situação financeira das organizações de produtores florestais. Esta entidade questiona a contratação de uma empresa recentemente constituída para prestar serviços na área da gestão do fogo para a AFN sem que se tenha conhecimento das verbas envolvidas. «Em causa estão alegados contratos celebrados entre esta empresa e ex-avençados da AFN, trabalhando nas suas instalações, com os meios da tutela, prestando serviço, quer para o Estado, quer para privados», adianta o diário.
Perante as acusações, a AFN diz que a dívida será saldada ainda este mês, com os respectivos juros de mora. Adianta, ainda, que as entidades que detêm equipas de sapadores florestais têm conhecimento das alterações que têm acontecido, através de uma missiva enviada pela Entidade Florestal. Em relação à empresa, AFN esclarece que as renovações dos contratos de bombeiros em regime de avença e prestação de serviços foram impedidas, pelo Ministério das Finanças, no âmbito da Reforma da Administração Pública. Abriu depois concurso para a obtenção de serviços especializados na defesa da floresta contra incêndios e na sanidade florestal. Afectados por esta situação estão cerca de 75 sapadores florestais do distrito da Guarda, repartidos por 15 equipas.
