Passei convosco, três mais um (4) anos, muito agradáveis.
Fazia parte daquele grupo de professores, da idade do gelo (entenda-se da idade de em alguns momentos quebrar o gelo), fazíamos as nossas alegres brincadeiras no “fora de aulas” e tentámos manter bom ambiente em aula.
Foram quatro anos de boa convivência, onde consegui não perceber qual afinal era esse estatuto “tão especial” do Liceu. Falava-se que havia estatuto, chegando mesmo a haver cadeiras (essas de sentar o dito cujo) para professores e “contratados” (ou como mais recentemente se diz, Titulares e os outros). Não notei nada disso.
O facto de os alunos, muitos mesmo, se referirem a mim, como o “stôr” Jarmelo, nunca o interpretei como uma falta, mas sim como um elogio; sinal de que havendo tantos outros nomes (para se referirem aos professores), a mim se referiam com o nome de muitas causas.
O grande “pecado” da minha passagem pela ESAA, foi o de sempre: a “evangelização jarmelista” aos que desconheciam as causas. Aos mais renitentes, peço desculpas por os ter vencido pelo cansaço, aos outros (salvo algumas excepções bem comidas e bem regadas) peço também desculpa, ainda como Presidente da Junta, de nunca os ter conseguido levar a conhecer as terras de magia.
Agostinho da Silva