A abstenção nas autárquicas continua a subir no distrito da Guarda. No domingo, apenas 64,98 por cento dos 175.654 inscritos foram votar, registando-se uma taxa de abstenção de 35,02 por cento. Ou seja, cresceu 4,2 por cento relativamente a 2005, quando foi de 30,82 por cento. No entanto, a percentagem é bem inferior à média nacional.
No país, a abstenção aumentou de 39 para 41 por cento, em relação há quatro anos, mas os especialistas alertam para a possibilidade desta percentagem poder não ser verdadeira, uma vez que há milhares de “eleitores fantasma” nos cadernos eleitorais. Dos 9.376.402 eleitores votaram apenas 5.532.575 nas últimas autárquicas, o que corresponde a cerca de 41 por cento de abstenção. Em 2005 estavam inscritos 8.840.223, dos quais votaram apenas 5.390.571 (39 por cento de abstenção), de acordo com dados da Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI). Ora, perante estes totais, é de salientar o aumento do número de novos eleitores (cerca de 600 mil) e o número de “eleitores fantasma” que ainda constam nos cadernos eleitorais.
Em termos distritais, a maior taxa de abstenção verificou-se no Sabugal, onde 40,4 por cento dos eleitores inscritos (16.322) não foram votar. Seguem-se Guarda (37,28 por cento) e Seia (37,27). Curiosamente, estes são os três concelhos com mais eleitores inscritos no distrito, destacando-se a capital (39.945), depois Seia (25.873) e Sabugal (16.322). No quarto município em número de eleitores, Gouveia (15.676), registou-se uma abstenção 35,28 por cento em Pinhel (11.224) a taxa foi de 35,74 por cento. Aguiar da Beira (34,65 por cento) e Trancoso (34,71) foram outros concelhos com percentagens assinaláveis. Acima dos 30 por cento encontram-se ainda Almeida (31,51), Vila Nova de Foz Côa (31,31), Mêda (31,26) e Celorico da Beira (30,49). Os valores mais baixos verificaram-se em Manteigas (28,7), Fornos de Algodres (28,02) e Figueira de Castelo Rodrigo, onde a abstenção foi a mais reduzida no distrito, situando-se nos 27,3 por cento.