O cabeça-de-lista da CDU à Câmara da Guarda assumiu que o resultado da coligação na corrida às autárquicas de domingo foi «amargo», uma vez que a meta da eleição de um vereador e o aumento dos eleitos na Assembleia Municipal não foi conseguido. Ainda assim, Honorato Robalo regozijou-se pelo facto do número de eleitos nas Assembleias de Freguesia ter passado de um para cinco.
Para a Câmara, a CDU teve 2,68 por cento, isto é 672 votos, sendo a quinta força política, tal como já tinha sucedido em 2005, mas aí apenas com 1,78 por cento, fruto de 464 votos. Já para a Assembleia Municipal, a Coligação teve este ano 2,97 por cento e 744 votos, contra os 2,93 por cento e 765 votos de há quatro anos. Em ambas as situações, elegeu um único deputado. Quanto às Assembleias de Freguesia, a CDU melhorou claramente os resultados, passando de um eleito em 2005 para cinco em 2009, nas Juntas de Gonçalo (onde teve o melhor resultado na votação para a Câmara com 11,03 por cento), Maçaínhas, Pousade, Valhelhas e Famalicão da Serra. Em termos de votos absolutos, passou de 616 para 834 e, em percentagem, de 2,39 para 3,42, ultrapassando o CDS-PP.
Perante os resultados alcançados, o candidato comunista à Câmara salientou que «regozijamo-nos pelo reforço da CDU na representatividade nalgumas freguesias onde concorremos», embora reconheça que «o objectivo central da CDU em termos globais, que era a eleição de um vereador não foi conseguido, daí considerarmos que este resultado é negativo». Salientando que respeitam a «vontade popular», deixou um “recado” aos eleitores do concelho: «Não poderão é imputar a responsabilidade à CDU nos próximos quatro anos de que não tentámos fazer nada. Com os eleitos que temos vamos tentar o melhor possível para alcançar os objectivos políticos de, mais uma vez, pôr cobro a alguns atropelos da gestão socialista», sublinhou. Numa altura em que ainda não era certa a eleição do quinto vereador por parte do PS, Honorato Robalo desvalorizou essa situação, preferindo realçar a manutenção da «dicotomia PS-PSD» no executivo. «Infelizmente, o povo da Guarda assim o quis e o povo da Guarda terá que se responsabilizar pela decisão que tomou nas urnas», reforçou, garantindo que, «como oposição, estaremos atentos ao rumo dessa gestão socialista que nós criticámos e continuamos a criticar volvidos estes 33 anos».
Ricardo Cordeiro