Crespo de Carvalho defendeu na última terça-feira, numa sessão que contou com a presença do advogado Francisco Pimentel, que só será possível baixar a factura da água dos guardenses se o contrato com a Águas do Zêzere e Côa (AdZC) for revisto e se o Governo intervier no sistema.
No final da intervenção do conhecido advogado covilhanense, que recordou todo o historial da AdZC e a dívida de cerca de 60 milhões de euros originada pela não inclusão da Covilhã no sistema, o candidato do PSD à Câmara da Guarda argumentou que «foi o Governo que permitiu a saída do município e é, por isso, quem deve assumir o prejuízo». «Não têm de ser as Câmaras e os guardenses a pagar a factura», sustentou, defendendo que só com a intervenção do Governo será agora possível «equilibrar o sistema». Crespo de Carvalho ressalvou, porém, que a Covilhã «foi o único município a decidir bem nesta matéria», para depois lamentar que a Guarda nada tenha feito para evitar o que considerou ser «um péssimo negócio». Na sua opinião, aquando da entrada em funcionamento da AdZC, o município guardense «tinha acabado de construir infraestruturas que depois vendeu por apenas 15 a 20 por cento do valor real». O preço da água «é já incomportável», avisou o candidato, que antevê «um agravamento da factura com a entrega do saneamento em baixa à AdZC».