No dia seguinte à vitória nas legislativas, o PS fez questão de encher a Praça Velha, mas para assinalar o arranque da campanha de Joaquim Valente à Câmara da Guarda. Como nos bons velhos tempos, alugaram-se autocarros, deram-se bandeiras e “t’shirts” e contrataram-se artistas para animar a festa. O povo correspondeu e o candidato prometeu voltar a montar o palco na noite de 11 de Outubro para comemorar «outra grande vitória» do PS.
Na última segunda-feira, a candidatura de Joaquim Valente não se poupou a esforços. Música com o grupo “Vozes da Rádio” e projecções de vídeos foram aquecendo a assistência até cerca das 22 horas, altura em que António José Dias de Almeida proclamou que «a festa será também retumbante» na noite das autárquicas. Mas, por vias das dúvidas, o mandatário não enjeitou um apelo ao voto: «Não se esqueçam de votar e reforcem ainda mais aquela equipa que se comprometeu a levar a bom termo um programa honesto e realista», declarou. Seguiu-se-lhe João Almeida Santos, candidato à Assembleia Municipal, que fez uma síntese dos resultados eleitorais da véspera, começando por dizer que a vitória do PS foi «a do optimismo e da razão contra o pessimismo e a maledicência». Mas também ele achou necessário apelar ao voto, lembrando os presentes que as eleições ganham-se nas urnas. «A caminhada eleitoral ainda não terminou, hoje começa uma etapa dessa importantíssima jornada até dia 11», sublinhou, pedindo o «reforço da legitimidade política» de Joaquim Valente e da equipa que vai a sufrágio.
O mote estava dado quando o candidato à Câmara e actual presidente assomou ao palco. «Estamos motivados por uma vitória expressiva do PS nas legislativas e o resultado no concelho dá-nos alento para uma grande vitória daqui a duas semanas», adiantou Joaquim Valente, que reconheceu na Praça Velha «gente do PS e pessoas que, não sendo socialistas, estão com esta candidatura». Uma abrangência que fez questão de sublinhar: «Ontem ainda podíamos ter diferenças, hoje só há uma causa, o futuro da Guarda», considerou. O candidato aventurou-se depois pela obra feita «apesar de alguns contratempos e de muito esforço», concluindo que o concelho mudou desde que foi eleito, em 2005. «Hoje, está diferente do que era há quatro anos e até do que era há um ano», defendeu, desfiando a lista de projectos concretizados da PLIE à Biblioteca Municipal, passando pelo Centro Escolar de Gonçalo e pelas acessibilidades. Também o hospital foi chamado à liça, mas para demonstrar que Sócrates e o seu Governo «prometeram e cumpriram com a Guarda» a realização desta obra, cuja segunda fase será lançada «até ao final do ano».
«Neste mandato concretizaram-se ainda os maiores empreendimentos privados das últimas décadas», recordou, anunciando para o próximo que vai equilibrar as contas da autarquia para «pagar a tempo e horas e dinamizar o tecido empresarial local». Joaquim Valente também quer atrair empresas e «olhar para a cidade e pela cidade», pois «mais do que planear, é preciso planear». Dito isto, cantou-se o hino da candidatura para encerrar uma festa/comício como já não se via há muitos anos. No final, Joaquim Valente admitiu a O INTERIOR que a iniciativa foi «uma demonstração de força do PS e também dos guardenses, que aderiram de forma espontânea».
Luis Martins
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