Até final de Agosto, tinham ardido no distrito da Guarda 4.720 hectares de mato e florestas, de acordo com o último relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN). O documento divulgado na semana passada ainda não inclui a área consumida pelas chamas no concelho do Sabugal entre 30 de Agosto e 1 de Setembro.
Segundo dados preliminares avançados pela autarquia, os fogos de Ribeira da Nave e Quinta do Anascer terão afectado cerca de 12 mil hectares de florestas, matos e pastagens, o que se traduzirá num aumento exponencial da área ardida nas próximas estatísticas. Por enquanto, no relatório da AFN o distrito é o quarto do país em termos de área ardida este ano, numa lista liderada por Bragança (5.944 hectares), Vila Real (5.098) e Viseu (4.864). A Guarda está à frente de Braga (3.787) e Viana do Castelo (3.195). No total nacional, já arderam mais de 35.257 hectares até ao fim de Agosto, mais do dobro do registado nos primeiros oito meses do ano passado (17.244 hectares). A Autoridade Florestal Nacional assinala que a área ardida em 2007 (31.450 hectares) também já foi ultrapassada.
O fogo de Pega, no concelho da Guarda, foi o terceiro maior incêndio registado no período abrangido pelo relatório, tendo ardido 1.044 hectares, 622 dos quais de povoamento florestal. O mais devastador até agora (1.576 hectares) verificou-se em Cabelo do Velho, concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro. A AFN constata que foi no mês de Agosto que se registaram mais fogos (4.691), que consumiram 12.481 hectares, mas foi em Março que ardeu mais área – 13.550 hectares, destruídos em 3.684 ocorrências.