Joaquim Valente quer reforçar a «maioria expressiva» conseguida em 2005 e diz ter «condições para pedir esse voto de confiança aos guardenses», sublinhou o candidato socialista à Câmara durante a apresentação do seu programa eleitoral, realizada na noite de segunda-feira.
Ladeado pela maioria dos seus candidatos nas freguesias, à Assembleia Municipal e ao executivo, o actual presidente acredita que, desta vez, é possível eleger um quinto vereador, que escapou «por pouco» há quatro anos. «A decisão compete aos eleitores, mas, hoje, os indicadores são melhores. Temos trabalhado mais e muita gente se aproxima de nós», considera. Numa indirecta a Crespo de Carvalho, Joaquim Valente disse ter «muito orgulho de estar rodeado de gente que, não pertencendo aos partidos, dá a cara, nos apoia e está de alma e coração nesta candidatura. Isso são bons indicadores, para nós as pessoas contam, ninguém está gasto». Quanto a projectos, o candidato voltou a empenhar a sua «palavra de honra» num documento que apelidou de «contrato com os munícipes ambicioso, mas realista e pensado com os pés assentes na terra». O grande destaque das suas propostas está na criação de um Fundo de Investimento Imobiliário, a negociar com uma entidade financeira, dando a Câmara garantia do seu valioso património.
«Não será um fundo de garantia para futuros empréstimos, mas sim um fundo de maneio para investimentos», explicou, acrescentando que se trata de garantir «um encaixe financeiro necessário para pagar dívidas a fornecedores e cumprir os contratos-programas celebrados com as Juntas e as colectividades do concelho». Esta operação não implicará a alienação de património, mas deverá resolver «a carência de recursos» que tem afectado o município. «Esse dinheiro vai permitir-nos estar à altura dos compromissos, pois vamos sanear as contas, obter receitas e realizar investimentos na cidade e no concelho», garante. Para tal, o património será avaliado por entidades independentes, mas só quando o mercado imobiliário voltar a subir. «É uma operação ponderada há dois anos, mas a crise recomendou-nos muita prudência», justificou. No próximo mandato Joaquim Valente conta ainda atrair investidores e criar emprego.
A PLIE volta a ser o projecto central para esse objectivo, embora pretenda implementar um novo modelo de gestão que dê «primazia» aos privados. No entanto, nada de entregar a maioria do capital social, pois «é determinante manter uma estrutura accionista que decida, mas que não permita fazer aquilo que quiserem», avisa. O socialista promete apoiar também as empresas de artesanato e compromete-se a realizar feiras. Além disso, avançará com a criação do Conselho Municipal para o Desenvolvimento, Investimento e Qualificação de Recursos. Já o turismo e a cultura servirão para afirmar a Guarda no contexto regional e até nacional, adiantando, por outro lado, que vai consolidar a cidade construída nas últimas décadas. Joaquim Valente pretende concluir a Viceg, lançar a variante da Sequeira e concretizar a Alameda da “Ti’Jaquina”.
Continuará a apostar nas parcerias publico-privadas para requalificar a zona do mercado municipal e do quartel da GNR, anunciando que vai concluir a revisão do PDM e actualizar o Plano Estratégico. «A morosidade que tem adiado a alteração destes documentos deve-se à alteração da legislação», disse. Joaquim Valente também comentou a proposta de Crespo de Carvalho da isenção do IMI para desempregados, declarando que «a definição legislativa é uma competência da Assembleia da República».
Luis Martins
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