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Guarda é o distrito com menos feridos graves

No número de mortos é o terceiro com menos vítimas mortais juntamente com Vila Real

Longe vão os tempos em que o distrito da Guarda figurava nos indesejados “tops” da sinistralidade rodoviária em Portugal, muito por culpa dos constantes e muitas vezes fatais acidentes que ocorriam em catadupa no antigo IP5, que era rotulado de “estrada da morte”. Uma “tese” que sai reforçada da última estatística provisória da ANSR – Autoridade Nacional Segurança Rodoviária, que contempla todos os acidentes com vítimas ocorridos entre 1 de Janeiro e sexta-feira da semana passada, dia 21.

De resto, a Guarda é mesmo o distrito do país que tem menos feridos graves – vítimas de acidentes, cujos danos corporais obrigam a um período de hospitalização superior a 24 horas –, num total de 25 casos, contra 29 no período homólogo de 2008 e 28 em 2007. Quanto a Castelo Branco, figura apenas no sétimo lugar entre os que têm menos feridos graves, 60, números bem piores que o ano passado (44), mas ainda assim um pouco melhores que 2007 (63). No que respeita ao número de mortos – vítima de acidente cujo óbito ocorra no local do evento ou no seu percurso até à unidade de saúde – a Guarda é o terceiro distrito com menos vítimas mortais juntamente com Vila Real, num total de 11 vítimas, curiosamente o mesmo número registado durante este período em 2007. Em 2008, o número de mortos era de sete. Com registos mais positivos nesta contabilidade surgem apenas Portalegre, com dois mortos entre Janeiro e 21 de Agosto, e Bragança com seis vítimas. Neste caso, Castelo Branco surge logo a seguir à Guarda com 13 mortos, enquanto que em 2008 e 2007 teve, respectivamente, 10 e 13 vítimas mortais.

Já em Setembro de 2008 se tinha constatado que desde que o IP5 foi substituído pela A25 que o número de vítimas mortais na auto-estrada que liga Aveiro a Vilar Formoso tinha diminuído de forma muito considerável.

De acordo com dados disponibilizados na altura pela Aenor, concessionária da auto-estrada das Beiras Litoral e Alta, em 2000, ano imediatamente anterior à adjudicação da concessão ao Grupo e do início das obras de alargamento, o IP5 registou 134 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 17 mortos. Já no primeiro ano de funcionamento integral da A25, de Outubro de 2006 a Setembro de 2007, verificaram-se 92 colisões com vítimas, que provocaram quatro mortos. Por último, os dados relativos aos primeiros 11 meses do segundo ano de funcionamento integral da auto-estrada, de Outubro de 2007 até ao final de Agosto do ano transacto, tinham ocorrido 94 acidentes com vítimas, de que resultaram dois mortos.

Uma das maiores “dores de cabeça” para as autoridades no antigo IP5 era a descida do Alvendre que só em 2002, por exemplo, foi palco de 102 acidentes. A curva localizada imediatamente a seguir à área de descanso da descida do Alvendre foi durante dois anos consecutivos o único ponto negro na região.

Ricardo Cordeiro

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