A concelhia PS da Covilhã acusa Carlos Pinto e a maioria social-democrata na autarquia de apenas pretender fazer «um “número político”» no caso da acção judicial contra o Estado em que requer a restituição dos edifícios onde estão instalados a prisão e o tribunal, além de uma indemnização.
«A razão subjacente ao “timing” desta iniciativa é mais que óbvia: temos eleições à porta», consideram os socialistas, para quem esta iniciativa «é extemporânea e não terá um real e efectivo impacto sobre as receitas da Câmara». O PS covilhanense recomenda mesmo que «uma negociação séria» com o Ministério da Justiça pode «trazer benefícios» para o município. «As acções recentes do senhor presidente da Câmara têm já como resultado a perda dos serviços prisionais e poderão aumentar apenas o risco de perdermos também a sede do tribunal no nosso Concelho, por constituir apenas uma afronta em tempo de eleições feita ao Governo», avisam. E questionam com ironia: «Não estarão as requeridas rendas destes dois espaços, relativas aos próximos 25 anos, também já cedidas a uma qualquer instituição bancária para financiar uma qualquer obra faraónica e inútil?», lê-se num comunicado da concelhia.