Rui Quinaz, Ana Margarida Fonseca, Paulo Fragoso e Henrique Coelho dos Santos são os escolhidos por Crespo de Carvalho para concorrerem à Câmara da Guarda pelo PSD. Já a lista à Assembleia Municipal é liderada pelo médico João Correia, talvez a principal novidade desta candidatura. De resto, independência e abrangência parecem ser as palavras-chave do candidato, para quem a Guarda «já merece ter novos intérpretes, com nova visão, mais competência e paixão».
O único senão é o fraco desempenho nas freguesias. Crespo de Carvalho assume que não concorre «a 20 por cento das Juntas» devido àquilo que chamou de «dificuldades» e «tráfico de influências», mas também ainda não revelou o nome dos candidatos nas restantes. «Essa informação será disponibilizada brevemente no nosso blogue», disse na segunda-feira [ainda não estava na terça]. Para já, as únicas certezas estão nas freguesias urbanas, com João Prata (S. Miguel), Paulo Sanches (S. Vicente) e António
Júlio Aguiar (Sé). Também na constituição da lista à Assembleia Municipal, com 81 nomes, terá havido problemas: «Um conjunto de comportamentos menos democráticos fizeram com que houvesse transferências de algumas pessoas», lamentou Crespo de Carvalho, para quem «é preciso corrigir estes desequilíbrios na democracia municipal». Transtornos à parte, o engenheiro sublinhou que a lista à Câmara incorpora as três grandes orientações da candidatura, são elas «a recuperação do atraso económico», fazer da Guarda «uma cidade com vocação estratégica», com destaque para a área do bioclimatismo, e a aposta no ensino, formação e cultura.
Para tal, Crespo de Carvalho propõe-se criar um Conselho Estratégico informal, onde terão assento todas as instituições da cidade, cuja primeira missão será trabalhar na actualização do Plano Estratégico da Guarda, que data de 1995. «Este instrumento de planeamento não tem funcionado e duvido que os actuais órgãos da Câmara o tenham lido ou sequer pensado na sua actualização. Mas já temos que pensar na cidade de 2020», disse o candidato, que também quer lançar um Plano de Atractividade Regional para captar investidores. Outra proposta é a instituição do Provedor Municipal, lugar para o qual será desafiado alguém da oposição, «que terá meios para nos obrigar a corrigir o que está mal». Na sua opinião, a relação munícipe/Câmara tem que ser regulada, porque «todos temos razões de queixa dos serviços municipais». Crespo de Carvalho voltou a sublinhar que «a mudança é inevitável» na Guarda, considerando que a candidatura sob o lema “A Guarda Quer” é «uma alternativa muito mais alargada do que teve até hoje o PSD». Contudo, o cabeça-de-lista recusa embandeirar em arco, dizendo não querer uma vitória para encaixilhar, queremos apenas a vitória».
Luis Martins