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Acreditar no futuro

A Feira de São Bartolomeu é uma das “velhas” feiras medievais que subsiste (a outra é a de São Mateus, em Viseu) e funciona como estandarte de afirmação da novel cidade de Trancoso.

A “vila medieval” passa por um extraordinário período de pujança de que as festividades, a propósito da feira, são apenas mais um elemento e contributo.

Trancoso apostou há alguns anos na recuperação do património histórico, na valorização da sua história, no equilíbrio do seu desenvolvimento. Hoje, percebe-se a importância de tal decisão. Tranquilamente, e quase sem se dar por isso, vai-se transformando num dos poucos pólos de desenvolvimento do distrito da Guarda. Com uma escola profissional dinâmica; um pavilhão multiusos com o volume necessário; uma feira de gado única; uma zona de comércio tradicional de fazer inveja a muitos meios urbanos; algumas empresas e serviços que garantem a sustentabilidade e prosperidade da cidade; …

A terra de Bandarra não vive às custas do passado. Tem presente e augura-se um futuro de crescimento. Em contraste com a realidade da região…

Um passado brioso de que se destaca a batalha de São Marcos, em que os trancosenses expulsaram os castelhanos “a pão e laranjas” (no 25 de Abril de 1385) ou o casamento de D. Dinis com Dona Isabel…

Trancoso recebeu entretanto o estatuto de cidade. Uma cidade nova, com costumes ancestrais. Afirmativa e dinâmica. Com um património cultural de excelência, Trancoso é uma cidade orgulhosa do seu passado. De “vila medieval” a aldeia histórica foi um grande passo. Trancoso inscreve-se cada vez mais na rota do desenvolvimento. Como na Idade Média, também hoje esta é uma praça-forte da região.

Luís Baptista-Martins

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