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Caravana da Volta a Portugal chega amanhã à Guarda

Avenida Dr. Afonso Costa, junto ao Estádio Municipal, recebe final de etapa que sai de Idanha-a-Nova

A Guarda volta a receber, amanhã, mais um final de etapa da Volta a Portugal em bicicleta, que começou ontem em Lisboa com um prólogo de pouco mais de dois quilómetros. O facto de Trancoso receber a partida de uma etapa, já no domingo, é uma das principais novidades da 71ª edição da prova, que vai andar na estrada até dia 16. A caravana vai andar por estradas da Beira Interior durante cinco dias.

A primeira etapa, que liga as Caldas da Rainha a Castelo Branco, está hoje na estrada. Amanhã, a meta está instalada na Guarda, onde termina a segunda tirada que tem uma extensão de 175 quilómetros. O director da prova salienta que o local de chegada [Av. Dr. Afonso Costa, junto ao Estádio Municipal] «é fantástico até porque vai culminar também com um prémio de montanha de terceira categoria», salienta. Joaquim Gomes adianta que os corredores vão passar uma primeira vez na zona de meta e terão depois um circuito relativamente curto de pouco mais de 10 quilómetros para «proporcionar aos espectadores um excelente final etapa». Esta tirada, que inclui uma meta volante no Sabugal e outra em Pinhel, tem chegada prevista para as 17h14. No sábado tem lugar a terceira etapa, entre o Fundão e Gouveia, num total de 164,3 quilómetros. Para o antigo ciclista, esta vai ser «a primeira etapa importante e com possibilidades de provocar algum fraccionamento no pelotão», sendo de «prever alterações na classificação entre os principais ciclistas».

Apesar de salientar que a Serra da Estrela vai ter «ciclismo neste dia, ainda que na zona mais fácil para o pelotão», Joaquim Gomes adverte que «a passagem pelas Penhas Douradas não deixa de constituir uma contagem de montanha de primeira categoria, mas o relevo principal vai mesmo para o circuito final em Gouveia, com cerca de 20 quilómetros, culminando, no ponto de chegada, com uma montanha de terceira categoria». As emoções da Volta regressam a Trancoso no domingo com o início da quarta etapa, que levará o pelotão até Mondim de Basto, mais precisamente ao mítico Alto da Sra. Graça, após 158,1 quilómetros. Este é considerado o «primeiro dia decisivo» da Volta, que antecede a jornada de descanso, uma vez que a partir de Vila Real, «com a travessia do Parque Natural do Alvão, que tem uma contagem de primeira categoria e uma vertiginosa descida até Mondim de Basto, irá culminar uma das etapas mais interessantes da corrida».

Depois de passar pelo Norte do país, os ciclistas regressam à região no dia 15 para a “etapa rainha” da Torre, com a caravana a sair de Oliveira do Bairro para percorrer 154,6 quilómetros. Joaquim Gomes realça que «esta última etapa em linha será para muitos corredores o derradeiro dia com responsabilidades, porque, certamente no contra-relógio final, somente os que disputam a geral individual ao mais alto nível terão oportunidade e obrigação de se empenhar a fundo». Nesta penúltima etapa, os ciclistas vão enfrentar «uma das mais difíceis escaladas que existem em Portugal» – o troço que liga Seia ao Alto da Torre. São «mais de 26 quilómetros em que serão certamente queimados os últimos cartuchos. Espero que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, o sol possa brilhar neste dia, tanto como vão brilhar os protagonistas desta edição da Volta a Portugal», confia o director da prova. A Volta termina no dia seguinte com um contra-relógio individual em Viseu.

Ricardo Cordeiro Ao contrário do ano passado, a etapa da Torre é a última em linha

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