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Material «velho» do ex-sanatório alienado a sucateiros

Peças com interesse museológico «serão salvaguardadas», assegura Fernando Girão

Parte do recheio dos pavilhões do antigo sanatório está a ser alienado, num processo que envolve vários sucateiros, sendo que «tudo o que tem interesse museológico será salvaguardado», garante o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS).

As peças que estão a ser vendidas consistem em «material que está para abate» e que vai a leilão, como camas e cadeiras velhas, em ferro, sem condições para serem reparadas e sem qualquer interesse museológico, explica Fernando Girão. Este responsável assegura que não será alienada qualquer peça inventariada com vista à criação do futuro núcleo museológico, ligado à tuberculose, a instalar no pavilhão D. Amélia. No fundo, diz tratar-se de «muito lixo» que se acumulou nos pavilhões, parte do qual foi retirada do antigo espaço que acolheu outrora a padaria, entretanto demolido. Além disso, há peças velhas e obsoletas oriundas de antigos centros de saúde do distrito: «À medida que fomos fazendo os centros de saúde novos, também fomos tirando o material que estava nos velhos edifícios e fomos acumulando lixo», indica.

«Neste momento estamos com uma dificuldade enorme em ter espaços desocupados», acrescenta o presidente do Conselho de Administração da ULS. Segundo Fernando Girão, a ampliação do Hospital Sousa Martins e a falta de espaço levou a que a ULS tenha optado por se desfazer das peças, sendo que a venda permite a «entrada de receitas». De acordo com este responsável, as peças que integrarão o espólio do futuro núcleo museológico – entre as quais se contam maquinaria, material de hotelaria, candeeiros e relógios antigos, entre outros –, estão repartidas por espaços como a administração, o aprovisionamento e os diversos serviços do Sousa Martins.

Pavilhão D. Amélia vai acolher o futuro pólo museológico

Material «velho» do ex-sanatório alienado a
        sucateiros

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