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A Guarda «não pode ter medo de mudar»

Candidata do CDS-PP à Câmara garante que não se sente uma «segunda escolha»

Cláudia Teixeira, nova candidata do CDS-PP à Câmara da Guarda, acredita que «existe vontade, razões e confiança para mudar» no concelho. Na cerimónia de apresentação pública, que decorreu sexta-feira passada no Quintal Medroso, perante cerca de 30 pessoas, a professora de 37 anos assumiu que a meta da sua candidatura é chegar à autarquia.

Durante a sessão, que contou com a presença do seu marido, o social-democrata Carlos Gonçalves, e ainda do actual vereador do PSD, João Bandurra, a candidata assegurou não se sentir uma «segunda escolha» nem «bombeira», salientando que o seu «historial no CDS não é de agora». Assumindo que o partido pretende avançar com candidaturas em todas as 55 freguesias do concelho, Cláudia Teixeira entende que «a Guarda não pode ter medo de mudar de uma cidade parada para uma cidade dinâmica» e que «tem de se desprender de causas perdidas», acreditando que «a mudança vai acontecer». Para tal, apelou à «ajuda entusiástica» na campanha eleitoral, dizendo que «a tarefa não é fácil», mas que acredita «estar muito perto de concretizar a mudança de um ciclo político no concelho» que, na sua opinião, é «urgente».

A centrista, que contou com o apoio do ex-candidato Ricardo Santos, considera «evidente o falhanço da governação socialista» durante 34 anos, sendo que «nos últimos mandatos foram muitas as promessas não cumpridas». Sob o lema “O F de Futuro”, apontou alguns exemplos do que considera o «falhanço socialista»: «É evidente o falhanço generalizado na captação de novas empresas para a região, aliado ao fracasso da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, apresentada como a maior alavanca de desenvolvimento da nossa região e que ainda não passou de um mero espaço cuja implementação é uma miragem, fruto de uma exasperante falta de visão de futuro». A também vice-presidente da concelhia considera que «já é tarde demais» para o PS «concretizar o que prometeu», assim como «para criar expectativas àqueles que se sentem enganados.

Reforçou ainda que os 34 anos de governo socialista na Guarda conduziram a «resultados desastrosos», falando em «insegurança profissional», «degradação da saúde», bem como em «deficiente política de higiene urbana». De resto, dá como «evidente» que os executivos socialistas são «incapazes de dar à Guarda um futuro melhor, não conseguindo potenciar a sua localização estratégica como porta da Europa». E salientou a importância de «arrancarmos de uma vez por todas com a dinamização e implementação da PLIE, ajudando a aumentar a capacidade comprovada de empreendedorismo que os cidadãos da Guarda têm». Lamentou ainda que a construção da Alameda da Ti’ Jaquina, o fecho da VICEG, a “Estrada Verde” ou a variante da Sequeira, entre outros exemplos, não tenham sido concretizados apesar de serem «necessidades prementes há muitos anos».

Para o coordenador autárquico do CDS-PP, o partido «vai dar a toda a população da Guarda a possibilidade de fazer uma escolha útil que está personificada por alguém cujo currículo fala por si». Hélder Amaral desafiou igualmente o eleitorado guardense: «Ou querem que a Guarda cresça ou querem ter um partido grande. Os eleitores tradicionais do “centrão”, que alternam entre PS e PSD, têm obrigação de parar para pensar e olhar para o concelho para ver se está a ser bem gerido», sugeriu.

Ricardo Cordeiro Cláudia Teixeira, à direita, contou com o apoio do ex-candidato, Ricardo Santos (ao centro)

Comentários dos nossos leitores
Nick clara.kastro@gmail.com
Comentário:
O CDS deverá ser o grande vencedor das autárquicas na Guarda, com esta candidatura galáctica. Trata-se de uma candidata com uma ascenção meteórica: saiu da Guarda há menos de 2 anos com uma licenciatura a menos de meio e apresenta-se hoje como docente universitária, o que significa que não só conlcuiu a licenciatura como também um doutoramento (indispensável para a docência universitária). Só acho estranho que o nome da docente não conste na lista de professores da Universidade Portucalense; deve ser lapso deles…
 
Andreia andreiacosta@gmail.com
Comentário:
Não sei o motivo que levou o Paulo Portas a fazer esta segunda escolha, mais valia ter feito uma coligação com o PSD do que levar uma mulher falhada, que apenas gosta de poder e passar por cima de outras a fazer dela candidata. (…) ela não é mulher para a guarda.
 

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