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“Palavra de Honra”

Em 2005, Joaquim Valente candidatou-se para renovar a maioria socialista – coisa fácil por cá. Entre a sua simpatia e a máquina de emprego-dependentes que o PS há muito instalou na Câmara, Valente não teve dificuldades em ganhar. Foi uma vitória assente na promessa de fazer muito, depois de anos em que não se fez nada pela Guarda e se gastou à tripa-forra.

Valente parecia encarnar o salvador do burgo e até tinha um amigo bem colocado, o engenheiro Sócrates, cuja ajuda garantida iria transformar a Guarda num oásis de desenvolvimento e progresso neste interior ostracizado e esquecido. “Palavra de Honra” foi o slogan de então. E, palavra de honra, que aprecio Joaquim Valente, mas não sei o que ganhámos com amizade tão bem colocada. Aliás, nem sequer sei o que é que Valente fez “Em Nome da Guarda” nestes quatro anos de presidência.

Talvez por isso, “Em Nome da Guarda” seja o slogan para esta campanha. Do género: «Em Nome da Guarda, Palavra de Honra, que desta é que faço alguma coisa pela Guarda!». Ah! Já me esquecia que o nosso presidente fez uma coisa “Em Nome da Guarda”: aumentou as dívidas, de 35 milhões de euros para 55 milhões. O problema é que tudo ficou na mesma, ou pior… “Palavra de Honra” que, agora que o amigo Sócrates caiu em desgraça e a conservadora Ferreira Leite até pode chegar a primeiro-ministro, é que Valente vai mostrar o que vale e fazer sozinho “Em Nome da Guarda” o que não fez com a ajuda dos muitos ministros e secretários de Estado que andaram em corrupio “Pela Guarda”. É obra…

Nota: Neste período de Verão, iniciamos rubrica de opinião política “quente”

Por: “O Nadador Salvador”

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