A polémica dos imbecis é agora o erro do árbitro de futebol, a Liga, o Sporting e o Benfica. O ridículo, não matando, permite-lhes continuar a vociferar as diarreias e os impropérios das suas bocas flatulentas. Os árbitros, como todos os outros, erram, mas não marcam golos, não fazem substituições, não criam défices impagáveis na SAD. De facto, a culpabilização do outro é um momento do luto da derrota. Os jogadores não chutam à baliza, a baliza tem 9 metros de comprido (mas as bolas não chegam lá), os treinadores optam por fracas peças, decidem sobre salários inaceitáveis, esquecem cláusulas de defesa nos contratos, não castigam quem sai por indisciplina e nós assistimos a tudo impávidos e serenos. O erro do árbitro é que causa dano e a diabolização da terceira equipa justifica os inúmeros crimes das outras duas. Os dirigentes fazem declarações inflamadas dos juízes, mas não falam dos 12 golos alemães e da ausência de remates à baliza pelo Sporting, e não recordam os 20 golos contra um com que há anos fomos brindados pelo Roma, o Celta de Vigo e o Madrid numa leva única. Uma vergonha em treino, uma vergonha da inteligência, uma tragédia da preparação dos clubes, desde a escolha dos melhores condicionada por razões inconfessáveis, à despedida de alguns por motivos desconexos. O Benfica recusou o Maniche e o Deco, entre outros. O erro, meus amigos, é esta gente imprópria não perceber a grandeza de quem assume que errou.