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«Não fosse a União Europeia e estaríamos na bancarrota»

Vital Moreira iniciou na Guarda a pré-campanha da candidatura PS às Europeias

O cabeça de lista do PS às Europeias iniciou, na Guarda, no passado sábado, o seu périplo pelo país para apresentar alguns dos projectos da sua candidatura, intitulada “Nós, Europeus”. Contudo, o jogo da selecção nacional de futebol contra a Suécia dividiu as atenções, inclusivamente de alguns dos presentes no Hotel Turismo para ouvir Vital Moreira.

Apesar disso, o professor catedrático da Universidade de Coimbra, que concorre como independente às eleições de 7 de Junho, sustentou que este escrutínio é «o mais importante» desde a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Por causa da crise, está bom de ver: «Não fora a União Europeia e já nos teria atingido mortalmente, deixando-nos como a Islândia, em bancarrota», garantiu, alegando que, «nunca precisámos tanto da UE como agora». Vital Moreira invocou depois a importância do Tratado de Lisboa e das novas competências do Parlamento Europeu, que será transformado «num organismo político representativo mais importante, nalgumas situações, que os parlamentos nacionais», vaticinou. Por isso, o candidato recordou aos presentes que «nunca foi tão importante como agora escolher bem os nossos eurodeputados».

Contextualizadas estas Europeias, o professor, que estudou no Liceu da Guarda, virou-se para a política interna, classificando o PS de «esquerda responsável», enquanto PCP e BE foram apelidados de «esquerda de protesto». Os eleitores também foram chamados a distinguir estas eleições dos próximos sufrágios internos. Dizendo que as Europeias de 7 de Junho devem ser «levadas mais a sério», Vital Moreira acusou a oposição de querer «ajustar contas» com o actual Governo nestas eleições e tirar partido dos resultados só porque «não tem projecto para a Europa». Nesse sentido, lembrou que «a história da nossa adesão à União Europeia é essencialmente socialista», aludindo ao papel de Mário Soares em 1986, de António Guterres com a entrada na moeda única e de José Sócrates devido ao Tratado de Lisboa. João Soares, dirigente nacional do PS e actual presidente da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), foi outro dos oradores da noite em que a selecção voltou a desiludir.

«A história da nossa adesão à União Europeia é essencialmente socialista», recordou o candidato

Comentários dos nossos leitores
mm macfm@clix.pt
Comentário:
Antes de mais queria referir que estas eleições são mesmo importantes para os que estão a fazer campanha e convem dizer que são as mais importantes de todas. Contudo diz este senhor que se não fora a UE estariamos na banca rota, e eu não concordo, pois por estar Portugal obrigado ás leis da UE é que estamos falidos, então paga-se para não produzir productos nacionais, paga-se a empresas estrangeiras para criar postos de trabalho e essas metem o dinheiro ao bolso e fecham e vão embora, dá-se isenção aos chineses para venderem aqui as suas mercadorias, quando todos sabemos que se branqueia dinheiro nos casinos. E é isto Sr. candidato que nos leva a banca rota, abram os olhos para ver de onde vem a miséria
 

«Não fosse a União Europeia e estaríamos na
        bancarrota»

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