O consórcio vencedor da empreitada de remodelação e ampliação do Hospital Sousa Martins deverá ser conhecido «em princípio, no início de Maio». Fernando Girão, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, adianta a O INTERIOR que foram enviados «convites a cinco empresas, que têm de responder até finais de Abril», devendo a obra ser adjudicada no mês seguinte.
O concurso público para a remodelação e ampliação do Hospital da Guarda, cujo preço-base é de cerca de 40 milhões de euros, foi publicado no “Diário da República” a 30 de Janeiro deste ano. Entretanto, decorreu o prazo para a apresentação de candidaturas, seguindo-se o processo, actualmente em curso, de qualificação das cinco melhores até à adjudicação definitiva à proposta economicamente mais vantajosa. A empreitada, cujo prazo é de um ano e oito meses, vai decorrer de forma faseada, começando pela construção nova, com cerca de 25 mil metros quadrados. O restante, que implica a remodelação dos actuais edifícios, será trabalho para outra fase do projecto. A intervenção global prevista deverá custar perto de 70 milhões de euros, sendo que a área bruta total da unidade remodelada será da ordem dos 76 mil metros quadrados. Nas últimas legislativas o primeiro-ministro José Sócrates prometeu aos guardenses um «hospital novo» nesta legislatura. Contudo, atrasos processuais ocorridos após Francisco Ramos, secretário de Estado da Saúde, ter homologado, em Novembro, o projecto de arquitectura originaram muitas dúvidas quanto ao arranque da obra ainda este ano.
A incerteza era tal que um grupo de médicos chegou a escrever ao primeiro-ministro a pedir esclarecimentos sobre a situação. Tudo porque, inicialmente, os dirigentes socialistas anunciaram que «o estaleiro estaria montado no início de 2009», o que não aconteceu. O segundo trimestre deste ano é agora a nova data apontada. «A Guarda vai ter Hospital… e ponto final», reagiram os socialistas depois de confirmada a publicação do concurso em “Diário da República”. Em comunicado, a Federação distrital não escondeu que houve problemas, tendo sido necessárias «diligências para ultrapassar e dar cumprimento aos trâmites legais, para que o processo não viesse a ser prejudicado por via de quaisquer irregularidades processuais».