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Turistrela quer estradas abertas na Serra

Artur Costa Pais alega que a empresa concessionária do turismo tem tido «prejuízo» com as vias cortadas ao trânsito

A Turistrela, empresa concessionária do turismo na Serra da Estrela, contestou, esta semana, o número de vezes que as estradas do maciço central fecham devido à neve.

Artur Costa Pais, administrador, considera que a estrada para a Torre poderia «estar aberta mais vezes» e garante que isso não acontece porque a GNR «tem falta de conhecimentos e faltam meios ao Centro de Limpeza de Neve». Para o empresário, a solução está em «fazer como lá fora». Ou seja, realizar um concurso público internacional e «concessionar o serviço a empresas espanholas ou francesas, que tenham anos de experiência em destinos semelhantes à Serra da Estrela», exemplifica. De resto, Artur Costa Pais garante que a Turistrela tem tido prejuízo por causa do fecho da estância de esqui e de outros serviços no maciço central. «Estes senhores estão habituados a gerir estradas das aldeias e pouco mais. Estão a matar-nos», acusa, dando como exemplo um dos últimos fins-de-semana em que, apesar da manhã soalheira, as estradas estiveram encerradas. «Algumas curvas tinham um pouco de neve. Mas qual é o problema? Lá fora andamos com 15 e 20 centímetros de neve. Pelo menos, podiam deixar passar os jipes e carros com correntes, mas nem isso», critica.

Na resposta, o comandante distrital da GNR em Castelo Branco, em declarações à agência Lusa, disse não se poder permitir o acesso à Torre «se não for garantida a segurança», considerando que as queixas da Turistrela «não fazem sentido, estão desprovidas de contexto. Ninguém nos pode acusar de descoordenação». Hélder Almeida socorre-se de números. Em seis anos de trabalho conjunto com a Estradas de Portugal, «houve cerca de 100 acidentes na Serra, 97 dos quais apenas com pequenos danos materiais. Nunca houve acidentes graves, nem queremos que haja, porque a responsabilidade nos será assacada», declarou.

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