Afinal, até têm aparecido novas empresas na região. Pelo menos, a avaliar pelos números revelados recentemente sobre o desempenho global da iniciativa “Empresa na hora”.
Entre 2005 e 2008, os balcões de Almeida e de Figueira de Castelo Rodrigo criaram apenas uma empresa cada um, mas na Covilhã surgiram 163. Em Fornos de Algodres surgiram oito sociedades, na Guarda 389, em Seia 23 e em Vila Nova de Foz Côa 15. No total, na Beira Interior Norte e na Cova da Beira foram criadas 600 novas empresas no âmbito desta medida nos últimos três anos. De resto, em Novembro de 2008, o balcão da Covilhã foi o mais rápido do país a criar empresas, sendo necessário apenas uma hora para o efeito. Em Fornos de Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo e Almeida o processo era bem mais longo, demorando, em média, 12 horas. Na Guarda são necessárias 12h21, ao passo que em Seia demora-se 12h23. Em Foz Côa, o tempo baixa para 1h53. Mas analisadas as estatísticas globais, entre 2005 e 2008, o balcão mais rápido tem sido o de Figueira de Castelo Rodrigo com uma média de 1h58 (embora só tenha sido criada uma empresa desde 2005). Seguem-se Almeida, Guarda, Fornos de Algodres e Covilhã.
«Não somos melhores do que os outros, mas tentamos fazer o melhor possível», revela Adelaide Soares. A conservadora do Registo Predial e Comercial da “cidade-neve” adianta que a maior parte das empresas criadas são de «restauração e hotelaria».
Embora não consiga revelar números concretos, a responsável garante que também há casos de sociedades que começam para acabar quase logo de seguida. «Há situações de pessoas que terminam com uma sociedade e, no dia seguinte, vêm ter connosco para criar uma nova», ilustra.