A intenção do Ministério da Defesa em vender os radares da Torre, noticiado por O INTERIOR na última edição, já mereceu a reprovação da Associação Amigos da Serra da Estrela (ASE).
No entender da entidade, «deixando aquela área de ter o interesse militar para que foi desanexada», o espaço deveria regressar «à gestão dos seus titulares», as freguesias de Alvoco da Serra e Loriga (Seia), S. Pedro (Manteigas) e Unhais da Serra (Covilhã), em cujos baldios se localizam os edifícios. Terminada a missão militar que lhes foi atribuída em finais dos anos 50, não terá o Estado «quaisquer direitos de transacção dos terrenos ou negociação que envolvam esses mesmos direitos», sustenta a ASE. Mesmo na hipótese de ser o Governo a tutelar as propriedades, a associação entende que os Concelhos Directivos dos Baldios deveriam ser ouvidos neste processo. E alerta que se pode abrir «um precedente muito grave no Parque Natural da Serra da Estrela» com a eventual passagem dos imóveis para os privados. Por isso, a ASE já pediu esclarecimentos ao PNSE quanto às «condicionantes e funções que os edifícios poderão vir a merecer» de forma a evitar polémicas no futuro.