Após seis partidas do Distrital da Guarda, havia alguma expectativa em redor da equipa de Vila Nova de Tazém, no concelho de Gouveia, que teve, no último domingo, uma difícil deslocação ao reduto do Ginásio, em Figueira de Castelo Rodrigo. O Vilanovenses não defraudou as expectativas e protagonizou mais surpresa, confirmando neste encontro que tem muito para dar esta temporada.
Para isso contribui um ataque com muita velocidade, onde despontam Tóta (ex-Manteigas), Cláudio e o capitão Ricardo Abrantes, que é, sem sombra de dúvidas, um patrão nesta equipa. Mas também há que contar com uma linha defensiva e meio campo muito bem organizados, conforme aconteceu neste encontro. Do outro lado, a equipa do Ginásio, que regressou dos Nacionais e sofreu uma sangria de jogadores, parece ser uma formação à procura de ganhar mais entrosamento e maior eficácia atacante, pois os avançados não podem falhar tantas oportunidades. Os visitantes adiantaram-se cedo no marcador, com Tóta a completar com muita eficiência um lance de puro ataque da sua equipa. Na resposta, o Ginásio procurou, de forma incessante, transformar em golo algumas situações, mas a pontaria esteve algo desajustada.
No entanto, o empate acabou por acontecer na sequência de uma bola parada. Alexandre marcou aos 32’, enquanto os jogadores de Quim Jó manifestaram algum desacordo no lance. O Ginásio tem em Paulo Jacinto um jogador com muita experiência, mas o avançado teve uma tarde desinspirada enquanto Luís Paulo procurou fazer a diferença de bola parada. Só que encontrou Óscar pela frente, um jovem guarda-redes a revelar-se muito seguro, assim como Nuno, que, no Ginásio, vai dando mostras de qualidade. Na segunda metade do encontro, o filme do jogo não foi muito diferente, sendo até mais estudado de parte a parte. Mas quem aproveitou foram os visitantes, através de Cláudio, que, em situação rápida de ataque, rematou certeiro e colocou o Vilanovenses em vantagem. Estava feito o resultado final, apesar de todos os esforços e mexidas na equipa figueirense. O trio de arbitragem teve uma actuação razoável, sem influência no desfecho final do encontro.
João Ferreira