A campanha de reflorestação “Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela” vai ter uma nova etapa. «Desta vez vamos apostar mais na plantação do que na sementeira», adianta o director da associação Amigos da Serra da Estrela (ASE), a entidade promotora.
Tudo porque, depois dos incêndios de 2005, «os roedores estão de volta e tanto o javali como o rato comem as bolotas», eliminando as hipóteses de vingarem como árvores, refere José Maria Saraiva. Já estão garantidos alguns apoios para a próxima temporada, como a Força Aérea, que tem ajudado a transportar as árvores para os pontos mais altos da Serra da Estrela. Mas a organização está também a pensar utilizar barcos para fazer plantações em redor de barragens. «Provavelmente vamos concentrar as acções nos meses de Janeiro e Fevereiro», revelou, dizendo esperar plantar entre 8 a 10 mil carvalhos.
A campanha “Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela” nasceu depois de grandes incêndios florestais no vale glaciar do Zêzere, no parque natural, o que agravou a erosão daquelas encostas. No ano seguinte, a campanha foi para o terreno, tendo sido plantados desde então 20 mil carvalhos e bétulas e lançados 25 milhões de sementes, segundo a ASE. As acções promovidas movimentaram cerca de 3.400 voluntários, incluindo centenas de crianças de escolas de todo o país.