Uma grande parte dos hospitais públicos está sem dinheiro para pagar as dívidas à indústria farmacêutica, noticiou o “Diário Económico”, na passada segunda-feira, com base no relatório de Junho da Apifarma. Nos primeiros seis meses de 2008 a dívida total agravou de 639 para 724 milhões de euros, o que se traduz num aumento superior a 13 por cento.
Segundo aquele relatório, o hospital de Setúbal é o que demora mais tempo a pagar, levando cerca de 1.163 dias, ou seja, três anos e dois meses. Na lista de unidades que mais tempo demoram a liquidar as suas dívidas seguem-se os hospitais da Cova da Beira (775 dias), Alto Minho (704), Garcia de Orta (699), Figueira da Foz (691), Santa Maria Maior (654) e Lisboa Central (614). O estudo, a que o “Diário Económico” teve acesso, assinala que, do total da dívida, 470 milhões de euros estão acumulados há mais de três meses. As administrações hospitalares alegam que o problema não está nas transferências do Orçamento do Estado, mas sim nos atrasos em recebimentos provenientes de outros sistemas de saúde estatais, nomeadamente a ADSE, ou privados, no caso das seguradoras.