O presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), Carlos Martins, avisou que vêm aí «aumentos significativos» das tarifas da água em Portugal até 2013, defendendo uma campanha de informação dos consumidores relativamente a esta matéria.
«Em largas áreas de Portugal, as tarifas terão de conhecer aumentos significativos. Só num conjunto muito pequeno de municípios é que a tarifa se aproxima do valor real», disse Carlos Martins à Lusa à margem do encontro “A Gestão dos Sistemas de Água em Baixa – Gestão Directa Municipal/Parcerias Público-Privadas/Concessões”, que decorreu terça-feira em Coimbra. Na perspectiva do presidente da APDA, os consumidores, «do ponto de vista da cultura e do valor que atribuem à água, não estão muito preparados» para estes aumentos. «As entidades gestoras deverão promover acções de informação para que seja dado o devido valor à prestação do serviço» adiantou, ao defender «ma grande campanha de sensibilização para a importância, valor e qualidade da água»
Segundo Carlos Martins, «s consumidores acham cara a tarifa, mas consomem água engarrafada, que é muito mais dispendiosa». Já o presidente do grupo Águas de Portugal, Pedro Serra, considerou que «problemas como a ausência de infraestruturas e a cobrança de tarifas que não cobrem minimamente o custo dos serviços têm de ser resolvidos no respeito pela autonomia das autarquias, das regras da concorrência e dos clientes». Referindo-se ao Plano Estratégico de Água e de Saneamento de Águas Residuais II (PEASAAR II), Pedro Serra – dando a perspectiva do sector público estatal – considerou que tem «várias vantagens» relativamente ao anterior e que constitui «uma solução equilibrada».
