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”Morrer à beira da praia”

Sporting da Mêda deixou fugir título do Distrital ao empatar em Vila Nova de Tazem

Rostos fechados e muitas lágrimas. A desilusão abateu-se sobre jogadores e adeptos do Sporting da Mêda que deixou fugir o título do Distrital da Guarda na última jornada da prova. A depender apenas de si própria para fazer a festa, a equipa de Filipe Martins não conseguiu melhor que um empate na visita a Vila Nova de Tazem, “oferecendo” o campeonato ao Fornos.

Contudo, a partida até teve um começo auspicioso para o anterior líder que inaugurou o marcador logo aos quatro minutos. Rebelo apontou um livre na direita e, depois de alguma confusão dentro da área, Gaspar atirou para o fundo das redes. Em vantagem, a Mêda optou por tentar controlar a partida a meio-campo e à meia-hora Gato chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento de Rebelo na esquerda. Aos poucos, o Vilanovenses foi reagindo e o primeiro sinal de perigo foi dado aos 33’, valendo Carlitos a negar o golo ao jovem Pedro Batista ao fazer uma boa intervenção. Até que aos 41’ o empate chegou mesmo. A defesa da Mêda ficou a “dormir” e após combinação com Cristian, Ricardo surgiu isolado frente a Carlitos e atirou rasteiro e cruzado sem hipóteses para o guardião contrário. Na segunda metade, os visitantes entraram muito forte com vontade de se colocarem novamente na frente do marcador, mas sem resultados práticos.

Já a equipa da casa apostou no contra-ataque para tentar criar perigo e, aos 61’, na transformação de um livre directo, Ricardo atirou uma “bomba” que saiu perto do ângulo superior direito. A partir daqui, a Mêda intensificou ainda mais a pressão à procura do 2-1, mas os seus jogadores optaram muitas vezes por tentarem chegar ao golo individualmente e raramente importunaram o último reduto da equipa do concelho de Gouveia que aproveitou para “queimar” tempo sempre que podia. Nos últimos minutos, o agora vice-campeão optou por bombear bolas para a área e aos 80’ Guerra surgiu estatelado no chão após uma disputa com João Paulo, num lance que nos deixou dúvidas. Após o apito final viveram-se sentimentos distintos. Os homens da casa festejaram efusivamente o empate, ao passo que a tristeza se apoderou dos atletas da Mêda. Os quatro minutos de desconto concedidos por Paulo Brás foram escassos com o árbitro a merecer o benefício da dúvida do lance na área vilanovense. No final, Filipe Martins era um homem desalentado: «O nosso sonho acabou aqui. O balneário ficou destroçado. A equipa acusou a pressão e ansiedade», reconheceu o treinador que agradeceu o forte apoio de adeptos medenses presentes no estádio.

Ricardo Cordeiro

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