A ideia da empresa municipal Trancoso Eventos de reescrever à mão a epopeia “Os Lusíadas” é, no mínimo, original. Para já, a curiosa iniciativa contabiliza 80 participantes, mas até ao final do ano são 8.816 os versos e cerca de 55 mil as palavras que os portugueses – ilustres e anónimos – terão de escrever. Serão convidados para o efeito personalidades da sociedade civil, da política, cultura e desporto, o Presidente da República, o primeiro-ministro ou alguns actores. Trata-se de uma acção de enorme alcance social e cultural, por permitir salvaguardar aquele que é um emblema por excelência de Portugal – a obra de Camões – e, em simultâneo, contribuir para guardar a nossa língua. Uma cópia da obra, produzida por estes “copistas do século XXI”, seguirá para a Biblioteca Nacional, em Lisboa.