A EDP inaugurou, na semana passada, um centro de atendimento em Seia que vai criar entre 200 a 250 postos de trabalho. Este “contact center”, o segundo da eléctrica nacional, está instalado na subestação de Quintela, nas proximidades da cidade serrana, e representa um investimento de 2,5 milhões de euros.
Na cerimónia, António Mexia, presidente da EDP, destacou a «ligação histórica» da empresa a Seia, município onde foi construída a primeira central hídrica de produção de energia eléctrica do país. De resto, assinala-se este ano, a 25 de Setembro, o centenário da fundação da Empresa Hidro-Eléctrica da Serra da Estrela, precursora da EDP, concessionária da produção de energia na bacia hidrográfica do rio Alva. História à parte, o responsável justificou este investimento como sendo a «prova da prioridade que a EDP dá aos seus clientes», pois destina-se a garantir que o serviço de atendimento «não vai falhar, mesmo em caso de terramoto», ironizou. É que este “contact center” funcionará como complemento ao já existente em Odivelas, de forma assegurar a continuidade das actividades do “call center”, que recebe actualmente 80 por cento dos contactos de clientes da EDP, e o crescimento da procura deste serviço.
«Até agora, tínhamos toda a operação telefónica pendurada num único serviço e qualquer grande problema que ali houvesse punha em causa 80 por cento dos contactos que os clientes fazem directamente com a EDP», acrescentou Cruz Morais, da administração da empresa. No entanto, além de atender uma média estimada de quatro milhões de chamadas por ano, este centro ainda permitirá o lançamento de serviços inovadores através de telefone, SMS e Internet. Por sua vez, Eduardo Brito, autarca local, espera que este investimento seja «o princípio de um novo ciclo de modernização do tecido empresarial do município», onde o sector têxtil predominou até à década de 90.