O Encontro Motard do Freixinho atraiu este ano mais de um milhar de visitantes, com cerca de 800 motos e dezenas de carros a entupir as estreitas ruas da pequena localidade do concelho de Pinhel.
No final, os promotores faziam um balanço positivo do evento, uma vez que «os objectivos foram alcançados», adiantou um dirigente da Associação Cultural e Recreativa do Freixinho (ACRF). Para além do sucesso económico, conseguiram aumentar a sua projecção no universo motard, contanto este ano com a visita de representantes de motoclubes de todo o país e de vários motociclistas estrangeiros, sobretudo espanhóis.
O encontro ocorre anualmente por esta altura e é um dos maiores do género em Portugal, promovendo o convívio entre motards e moradores. A organização aposta em características muito particulares, pormenores que aproximem tanto quanto possível os motards das tradições rurais. Várias casas espalhadas pela aldeia foram recuperadas propositadamente para o encontro, com algumas delas a assumir funções que abandonaram há vários anos.
Foi o caso do forno, onde se cozeu pão e bola de carne, enquanto o lagar de varas foi convertido em taberna e do antigo alambique voltou a sair aguardente, feita no momento. A estes espaços somou-se o bar multimédia, onde a música de baile e de alguns grupos convidados animaram os presentes. Na rua, a festa também foi constante, com habilidades improvisadas sobre duas e quatro rodas e com as concertinas de Videmonte.
Vítor Amaro, presidente da colectividade, insiste em manter as diferenças entre o Encontro Motard do Freixinho e as concentrações que se estendem pelo país: não há espectáculos eróticos, momentos previstos para perícia ou discriminação mediante o tipo de moto que se conduz. A revitalização da aldeia, uma das mais pequenas do país, contando menos de 50 habitantes, é o único motivo deste evento. Com os proveitos, a ACRF continua a crescer, divulgando o Freixinho, promovendo a manutenção do seu património e lutando pela melhoria das condições de vida no local.