A Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior (EnerArea) formalizou 65 candidaturas ao processo de microgeração – a produção descentralizada de energia em pequenas potências.
O novo regime jurídico aplicável à produção independente de electricidade veio abrir as portas a todos os particulares interessados em investir neste sistema. Assim, o número de candidaturas preparadas pela EnerArea é, segundo a Agência, «a prova de que a produção de energia eléctrica através dos recursos naturais é uma área que interessa a muitos produtores, que vêem neste sistema uma possibilidade de obter rendimentos bastante proveitosos, para além de contribuírem para um meio ambiente menos poluído», sublinha um comunicado. Para além do acompanhamento das candidaturas e aconselhamento quanto ao equipamento a adquirir, a EnerArea desenvolveu ainda estudos de rentabilidade do investimento a desenvolver pelos produtores. O sistema proposto consistiu na instalação de painéis solares térmicos para aquecimento das águas quentes sanitárias e painéis fotovoltaicos.
Na sequência dos estudos desenvolvidos pela Agência, o investimento para a potência máxima possível de ser instalada ronda os 22.500 euros, que, de acordo com as simulações efectuadas, passará a gerar lucro para o produtor entre o sexto e sétimo ano de instalação. Aliás, nas previsões estimadas, no sexto ano o investimento fica totalmente amortizado e começa a gerar lucro, que poderá ser de 2.600 euros no sétimo ano. A longo prazo, estima-se que ao fim de 15 anos o lucro acumulado seja de 23.920 euros. De resto, além das vantagens financeiras, os produtores têm ainda os benefícios fiscais até ao montante máximo de 777 euros.
