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Aguiar da Beira não quer perder helicóptero de combate a incêndios

Assembleia Municipal envia moção ao Governo, responsabilizando-o «por qualquer incêndio que venha a ocorrer no concelho»

A Assembleia Municipal de Aguiar da Beira aprovou, por unanimidade, na sexta-feira, uma moção que irá enviar ao Governo. Em causa está a decisão do Ministério da Administração Interna de levar o helicóptero de combate a incêndios, instalado «há vários anos» no concelho, durante os meses de Junho a Setembro, para a Mêda. No documento são apresentados vários argumentos que justificam, segundo os deputados municipais, a permanência do helicóptero em Aguiar da Beira.

Desde logo, a moção destaca o facto do concelho possuir «a maior mancha de pinheiro bravo do distrito da Guarda». Assim, e se o helicóptero for deslocado para a Mêda, «o tempo que demora a chegar ao concelho de Aguiar da Beira é suficiente para que essa mancha, ainda existente, seja devastada por completo». Por outro lado, é também defendido que o município «possui uma pista de aterragem, construída para esse efeito e que originou gastos por parte da autarquia e disponibilização do terreno por parte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aguiar da Beira». Assim, os deputados apelam ao Governo, através do Ministério da Administração Interna, «para voltar atrás nesta decisão». Caso contrário, dizem, «responsabiliza-se o Governo por qualquer incêndio que venha a ocorrer neste concelho, evitável se se mantivesse o actual cenário».

A moção será enviada ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, aos ministros da Administração Interna, do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura do Desenvolvimento Rural e Pescas. O documento será também encaminhado para os secretários de Estado da Administração Local, do Desenvolvimento Rural e das Florestas, da Administração Interna, da Protecção Civil, do Ambiente, do Ordenamento do Território e das Cidades e do Desenvolvimento Regional. Para além disso, foi ainda determinado dar conhecimento da situação ao Alto Comissariado da Autoridade Nacional de Protecção Civil, ao Governo Civil da Guarda, aos partidos políticos com assento parlamentar e a toda a população do concelho.

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