A completar 39 anos de actividade, a Matos & Prata é hoje uma empresa que se afirma cada vez mais no sector automóvel e da maquinaria agrícola. Nasceu em 1969 com o objectivo de apoiar e promover a mecanização agrícola no distrito, mas o “trabalho de casa” começou muito mais cedo, fazendo evoluir uma solução pensada há muito tempo.
As origens da empresa remontam a 1957, quando o seu principal fundador, Laurindo Prata, então encarregado de vendas da Acessórios da Covilhã, assumiu a responsabilidade da secção de tractores Massey Ferguson e Lubrificantes Shell, de que esta era concessionária para a Cova da Beira e distrito da Guarda. Em 1969 a empresa arrancou com oito trabalhadores, 900 contos de capital social, instalações com 600 metros quadrados e uma equipa com um profundo conhecimento da agricultura regional. Tudo com o objectivo de colmatar a falta de mão-de-obra que se começava a fazer sentir por causa da emigração. Esta foi a oportunidade para o empresário abrir o seu próprio negócio, numa área que conhecia bem: a maquinaria agrícola. «Começou-se a notar a falta de pessoal para trabalhar na agricultura, pelo que aproveitámos para começar a vender tractores e a ensinar a trabalhar com eles. Foi nessa altura que pensei em fundar a Matos & Prata, com sede na Guarda», lembra Laurindo Prata.
Mais tarde, em 1973, a empresa acabou por alargar o negócio ao ramo automóvel, tendo sido representante da Datsun, hoje Nissan. «Inicialmente, o nosso objectivo era só vender máquinas agrícolas, mas depois começámos a verificar que também se completava perfeitamente com o negócio dos automóveis e constatámos que quem comprava um tractor também precisava de uma carrinha», refere. Nesse sentido, Laurindo Prata sublinha que a Matos & Prata é representante da BWM desde 1987, o que foi uma mais-valia para a empresa. «Em boa hora ligámos à BMW, que não tinha a projecção actual, porque, num levantamento que fizemos nesse ano, só havia 110 carros daquela marca no distrito. Hoje em dia vendemos isso por ano», revela. O empresário considera também que a introdução de modelos mais populares ajudou a divulgar a marca, para além disso, acredita que, actualmente, a BMW já não é tão considerada marca de elite, tendo-se tornado mais acessível.
Quanto à experiência destes 39 anos de actividade, Laurindo Prata garante que foram anos «com muitos sucessos e alguns fracassos», mas sempre ultrapassados pelo espírito vencedor dos fundadores. «Diz-se que as empresas são um pouco o reflexo das pessoas que estão à sua frente e quando gostamos do que fazemos, normalmente, arranja-se sempre maneira, engenho e capacidade imaginativa de ultrapassar essas dificuldades», adianta. De resto, o fundador acredita que a Matos & Prata soube aproveitar as oportunidades que foram surgindo, continuando a ser uma das empresas mais bem sucedidas da região.
Tânia Santos